"Acho que nunca antes me tinham feito sorrir com o corpo todo. Mas ele fez"
Todos os sábados, a Máxima publica um conto sobre o amor no século XXI, a partir de um caso real.
Uma das frases que mais gosto de ouvir é "fizemos upgrade à sua reserva". Eu sei que soa a superficialidade, a coisa frívola, mas levo a peito quando alguém tem a amabilidade de mostrar consideração por mim atribuindo-me bens e serviços de uma categoria superior àquela que eu reservei e pela qual me dispus a pagar. Num mundo de transações e investimentos, de lucros e dividendos, sabe bem perceber que, de vez em quando, alguém, algures, tem a gentileza de ir além dos números de faturação para satisfazer o bem-estar de outra pessoa.
O Artur diz-me que não é nada disso, que tudo se resume a marketing, que só nos fazem upgrades porque somos bons clientes, que, pagando o que pagamos as vezes que pagamos, é quase uma manobra de bom-senso que nos façam upgrade - e que até devia ser mais frequente!, diz ele. Mas o Artur é um chato. Amo-o, desejo-o, derreto-me por ele, encanto-me, deleito-me, tudo isso e ainda mais, mas é um chato, um pragmático. Um cínico. O mais adorável dos cínicos.Para ler em maxima.pt
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