Administração do Hospital de Aveiro nega manipulação
Administração do Hospital de Aveiro nega manipulação da espera por cirurgias
O conselho de administração garantiu esta sexta-feira que "no Centro Hospitalar Baixo Vouga não se fazem falsas cirurgias nem cirurgias fictícias" e nega que as remarcações visem a saída da lista de espera e redução dos tempos.
"É falso que a remarcação tenha como efeito a saída da lista e a redução de tempos de espera", afirma o conselho de administração do CHBV em comunicado enviado à Lusa, em que salienta que "todos os dados referentes à gestão da lista de espera cirúrgica estão centralizados numa base de dados nacional, SIGIC, e são monitorizados localmente, regionalmente e a nível central", em tempo real.
"Quando um doente é remarcado por qualquer razão, mantém-se em lista de espera e como tal mantém-se a contagem do tempo de espera, ou seja, é falso que a remarcação tenha como efeito a saída da lista e a redução de tempos de espera", garante.
Centro Hospitalar auditado em outubro
No comunicado, o conselho de administração salienta que a Inspeção Geral das Atividades de Saúde auditou o CHBV em outubro de 2014, "em que foram auscultados os médicos que manifestaram dúvidas em relação ao agendamento das cirurgias, mas a inspeção não encontrou desconformidades e não fez qualquer recomendação em relação ao assunto".
Refere ainda que nas inspeções regulares de 2012 e 2013, não foi "feita qualquer referência específica à forma de agendamento dos doentes da lista cirúrgica", e que a Comissão de Ética do CHBV "nunca se pronunciou sobre o assunto em questão".
A administração hospitalar nega que sejam "marcadas e desmarcadas cirurgias sem conhecimento dos doentes" e, embora admita que no passado, "algumas cirurgias foram agendadas e, por diversos constrangimentos, tiveram de ser reagendadas", afiança que "atualmente, a gestão da lista cirúrgica não apresenta qualquer desconformidade".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt