Coronavírus já matou 567 pessoas em Portugal. Há 17448 infetados

Número de caso recuperados subiu para 347. Mais 70 pessoas venceram a doença desde segunda-feira.

14 de abril de 2020 às 12:32
Coronavírus Foto: EPA/SEM VAN DER WAL
Coronavírus Foto: EPA/SEM VAN DER WAL

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Subiu para 567 o número de mortos por coronavírus em Portugal, segundo informação avançada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) esta terça-feira. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), registaram-se mais 32 vítimas mortais nas últimas 24 horas. 

No total estão 17448 pessoas infetadas, mais 514 face a segunda-feira. 2474 aguardam ainda pelos resultados laboratoriais.

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Até ao momento há 1227 pessoas internadas, das quais 218 encontram-se em unidades de cuidados intensivos. Registaram-se 30 entradas nestas unidades nas últimas 24 horas.

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O número de casos recuperados mantém-se nos 347, o que corresponde a um aumento de 70 casos em relação a segunda-feira.

Segundo o boletim epidemiológico, a distribuição dos casos faz-se da seguinte forma: a região Norte tem 321 mortos e 10302 casos; a região Centro contabiliza 131 mortes e 2549 casos; já na região de Lisboa e Vale do Tejo são 102 as mortes registadas e 3994 pessoas infetadas; a região do Alentejo continua sem registar mortes e conta com 155 casos; a região sul, do Algarve, contabiliza 9 vítimas mortais e 289 casos de Covid-19. O boletim regista ainda quatro óbitos nos Açores e 100 casos positivos de infeção. Já na Madeira não há registo de mortes, mas 59 pessoas deram resultado positivo.

Desde dia 1 de janeiro de 2020 que já foram registados um total de 142515 casos suspeitos.

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Momentos depois de ser divulgado o boletim, procedeu-se à realização da habitual conferência de imprensa. António Lacerda Sales, secretário de Estado da Saúde abriu esta conferência dando conta dos dados já divulgados e avançou que desde o dia 1 de março já foram realizados 190 mil testes à Covid-19, dos quais 52% foram realizados em laboratórios públicos.

António Lacerda Sales referiu que, apesar da pandemia, o "SNS continua a dar resposta ao que obrigatoriamente tem de ser respondido" e salientou que as pessoas têm que ter "confianaça num serviço que soube retirar dos hospitais e centros de saúde o que não era urgente, zelando pela segurança de todos". 

O secretário de Estado relembra que estamos "em fase decisiva", "uma altura em que as pessoas acusam o cansaço do confinamento". No entanto, António Lacerda Sales apela a que, "como dizia o senhor primeiro-ministro", António Costa, "temos que ser resilientes". "Não podemos pôr o esforço individual de cada um em causa", avançou num momento em que comentava o começo do 3º período letivo num modelo de ensino à distância. 

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Questionado relativamente ao momento de doentes internados em unidades de cuidados intensivos, António Lacerda Sales admitiu "que possa ter que haver um ajuste de números". No entanto, reforçou que para os profissionais "é uma vitória sempre que conseguimos retirar um doente dos cuidados intensivos".

Graça Freitas, Diretora-Geral da Saúde, também prestou declarações. No entanto, nesta conferência, optou por alertar para a importância da vacinação para prevenir o surto de outras doenças, como o sarampo e a papeira, além do coronavírus. 

Relativamente ao surto de Covid-19, a Diretora-Geral da Saúde apelou a que os médicos reportem os casos à DGS, para que seja possível apresentar boletins diários atualizados.

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Questionada especificamente sobre o cerco sanitário de Ovar, que ainda se mantém ativo, Graça Freitas reforçou que todas as medidas extraordinárias adotadas em "qualquer local do país" são adotadas em acordo com as autoridades de saúde e a proteção civil. "Enquanto o risco na comunidade for considerado elevado, as autoridades locais manterão essa medida. Quando entender que podem ser aliviadas, essa será a tendência habitual", explicou.

Tendo em conta a evolução do surto, a Diretora-Geral da Saúde avança que o vírus se tem "organizado por focos", não sendo possível, por isso, ver uma "mancha no território". Completando Graça Freitas, António Lacerda Sales aproveitou o momento e voltou a apelar para que aos doentes que não estão infetados e aos doentes crónicos que "não tenham medo de recorrer às urgências e aos hospitais".

Nesta conferência de imprensa voltou-se a falar da utilização de máscaras por parte da comunidade. Rui Ivo, presidente do Infarmed, revelou estar a ser elaborada uma norma e referiu que existem "vários tecidos que podem ser utilizados" na sua produção. Relativamente à utilização das mesmas, Rui Ivo referiu que "qualquer utilização das mesmas deve ser feita em função das circunstâncias específicas".

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