Alerta de tsunamis demora 5 minutos
Primeiro centro de alerta precoce do País funciona no Instituto do Mar e da Atmosfera.
O primeiro Centro Regional de Sistema de Alerta Precoce de Tsunamis em Portugal foi inaugurado ontem, em Lisboa. O novo mecanismo, instalado e gerido no Instituto Português do Mar e da Atmosfera, permite prever os efeitos dos tsunamis, através de dados recolhidos no Atlântico.
Segundo a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, o centro representa um investimento de "apenas" um milhão de euros. A governante defendeu que o valor representa um acréscimo de segurança para a população e permite que o País integre a rede internacional.
O sistema de alerta português é atualizado de cinco em cinco minutos, mas globalmente a informação demora 15 minutos. Enquadrado na rede nacional de sismómetros e marégrafos, conta com a cooperação da Direção-Geral do Território e do Instituto Hidrográfico. O equipamento, que serve para melhorar a coordenação e antecipação da Autoridade Nacional de Proteção Civil, foi pensado e criado após o tsunami que afetou a Indonésia, em 2004.
Este é o décimo centro mundial de alerta precoce de tsunamis e o quinto europeu. Um tsunami é uma série de ondas de água causada pelo deslocamento de um grande volume de um corpo de água, e pode ser provocado por um sismo ou explosões submarinas.
Portugueses ficam "mais informados"
Já o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita (que é casado com Ana Paula Vitorino), recordou que "o terramoto de 1755 esteve associado a um dos maiores tsunamis de que há registo" e que os tsunamis "não são uma realidade exótica".
Dispositivo testado ao largo de Setúbal
SAIBA MAIS
285
mil pessoas morreram numa sequência de tsunamis a 26 de dezembro de 2004. A destruição atingiu vastas áreas costeiras do Oceano Índico.
Lisboa em 1755
O terramoto que atingiu Lisboa em 1755 foi seguido de um tsunami que provocou milhares de mortes na capital, península de Setúbal e Algarve.
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