Alunos com deficiência impedidos de ir à escola
Falta de auxiliares ou de transporte deixa em casa dezenas de estudantes especiais.
O caso, esta quinta-feira noticiado pelo CM, de Flávio Angélico, de 5 anos, criança com multideficiência que está impedida de ir à escola, na Moita, por falta de um auxiliar, está longe de ser exemplo único. Dezenas de alunos com deficiência continuam em casa mais de uma semana após o arranque das aulas, devido à falta de funcionários para os apoiar ou acesso a transporte escolar.
"As escolas iniciaram o ano letivo com um número muito reduzido de assistentes operacionais e não conseguem ter elementos para apoiar os casos que precisam de apoio permanente", afirmou ao CM Ana Simões, responsável da Fenprof pela Educação Especial.
A estrutura sindical anunciou para hoje uma conferência de imprensa onde vai denunciar diversos casos de incumprimento da lei. Um deles é o de um agrupamento na Grande Lisboa onde mais de meia centena de alunos com deficiência está impedida de frequentar a escola.
A falta de transporte escolar está também a afetar alunos que frequentam escolas com unidades especializadas. A Fenprof denuncia pelo menos dois casos no concelho da Amadora. Nas situações em que os alunos frequentam unidades fora da área de residência, o Estado tem de pagar transporte.
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