Ativistas da Greve Climática Estudantil pintam Ministério do Ambiente em Lisboa
Grupo sublinha que não haverá paz por parte dos ativistas, enquanto não houver um compromisso por parte do Governo.
Os estudantes da Greve Climática Estudantil atiraram, esta sexta-feira, tinta ao Ministério do Ambiente, em Lisboa, e colaram na porta de entrada um plano para um serviço público de energias renováveis.
Segundo o comunicado, "os estudantes apontam o falhanço do governo e afirmam que o fim ao fóssil até 2030 e a eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, garantindo o último inverno de gás são a verdadeira transição energética justa, e só pode acontecer nos termos de "um sistema onde os governos e as instituições não sejam comandados por empresas e interesses virados para o lucro".
Recorde-se que há cerca de um mês, os ativistas da mesma organização lançaram tinta ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, justificando o momento com a "importância de responsabilizar o governo para negociar algo que não deveria ser negociado: a transição energética e o nosso futuro".
A porta-voz da ação, Matilde Ventura, afirma que "quem aperta as mãos com o sistema fóssil suja-se" e reitera a ideia de que corrupção é inevitável, pois "os governos e instituições negoceiam o nosso futuro a troco de lucro".
Uma outra estudante, no local, fez um discurso onde afirma que "o governo caiu, mas não vai haver paz até ao ultimo inverno de gás. Qualquer que seja o governo, não vai haver paz: a crise climática não para e o nosso futuro tem de ser assegurado. Sem futuro não há paz".
"Esta é a vossa oportunidade de se pronunciarem", alertou.
A partir de 13 de novembro, os estudantes vão dar inicio a uma onda de ações pelo 'fim ao fóssil' em que vão "parar escolas e instituições". O grupo sublinha que não haverá paz por parte dos ativistas, enquanto não houver um compromisso por parte do Governo com o futuro destes.
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