Autarcas e empresários de Portalegre aplaudem "decisão feliz" de isentar portagens na A6

Presidente da CIMAA espera que região seja também beneficiada através do Itinerário Principal 2.

27 de novembro de 2025 às 13:13
Estrada Foto: Direitos Reservados
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A Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA) e a Associação Empresarial de Elvas, no distrito de Portalegre, consideraram, esta quinta-feira, uma "decisão feliz" a aprovação no parlamento da isenção de portagens na Autoestrada 6 (A6).

Em declarações à agência Lusa, o presidente da CIMAA, Joaquim Diogo, aplaudiu, esta quinta-feira, a isenção de portagens nesta autoestrada, que abrange residentes e empresas do distrito, e disse esperar que, no futuro, a região seja também beneficiada através do Itinerário Principal 2 (IP2), com perfil de autoestrada.

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"É uma decisão feliz que foi tomada e que espero que possa ser enquadrada também no futuro uma alternativa ao IP2 por autoestrada, rapidamente, que é algo que faz muita falta à nossa região", argumentou.

Na quarta-feira, no âmbito da votação na especialidade do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), o parlamento duas propostas do PS para isentar de portagens na totalidade da A25 Costa da Prata e Beiras Litoral e Alta e em dois troços da A6 e da Autoestrada do Sul (A2), no Alentejo.

Nos casos da A6 e da A2, a isenção só abrange as pessoas com residência e as empresas com sede em determinadas "áreas de influência" das duas autoestradas.

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"Acima de tudo, é uma questão de equilíbrio" face a "outras decisões que foram tomadas relativamente à A23", que foi isentada de portagens, defendeu o presidente da CIMAA.

E, continuou Joaquim Diogo, "se um dos desígnios é equilibrar estes territórios de baixa densidade, acho que esta decisão da A6 é, de facto, importante para o tecido económico da região, nomeadamente do que está mais a Sul ou a Este", como é o caso do concelho de Elvas.

E a isenção de portagens, principalmente na A6, vai também "retirar algum tráfego" às estradas municipais e nacionais do distrito de Portalegre, acrescentou o mesmo responsável.

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Também em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação Empresarial de Elvas, Rui Nabeiro, congratulou-se perante "um desejo" concretizado.

"Mais do que um sonho, era um desejo e era o reconhecer que Portugal, por vezes, tem disparidades sobre o que é o litoral e o interior", disse.

Segundo Rui Nabeiro, é preciso "olhar para estas situações com outros olhos e encarar que o interior também é Portugal e dar essa oportunidade aos empresários do interior de serem mais competitivos".

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Esta medida, afiançou, vai trazer "competitividade" e beneficiar os empresários e o consumidor final.

"Estando Elvas e toda a região no interior do país, temos o problema dos custos sempre que há deslocações ou transportes mais para o litoral, onde estão os grandes aglomerados, não só do ponto de vista de clientes como de fornecedores", lembrou.

Por isso, a isenção de portagens pode "trazer uma redução dos custos que será bastante benéfica para todos os empresários e, posteriormente, para o cliente final", considerou.

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De acordo com as propostas aprovadas no parlamento, a isenção abrange o troço da A6 entre o nó A2/A6/A13 e Caia, enquanto, no que respeita à A2, está incluídos o troço A2/A6/A13 e Almodôvar.

A isenção funciona "através da utilização de dispositivo eletrónico associado à matrícula do veículo", segundo a proposta aprovada.

Para se saber quem pode beneficiar da isenção, a legislação prevê que as áreas de influência compreendem, no caso da A6, "o território abrangido pelas NUTS III do Alto Alentejo e Alentejo Central" e, no da A2, "o território abrangido pelas NUTS III do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral".

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