Avaliada eficácia das vacinas da Covid-19 às variantes

Regulador europeu quer saber comportamento em relação às variantes do Reino Unido, África do Sul e Brasil. Em Portugal há registo das três mutações.

12 de fevereiro de 2021 às 08:17
Vacina Covid Foto: Manuel Encarnação/CMTV
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A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) está preocupada com a eficácia das vacinas contra a Covid-19 no combate às novas variantes do vírus, solicitando aos fabricantes, nomeadamente os que já autorizou, para avaliar a situação. "Há preocupações de que algumas destas mutações possam ter impacto em diferentes graus na capacidade das vacinas de proteger contra infeções e doenças", admite o regulador europeu em comunicado.

A EMA aprovou, até agora, três vacinas para utilização na UE: Pfizer-BioNTech, Moderna e AstraZeneca.

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"A fim de considerar opções para testes adicionais e desenvolvimento de vacinas eficazes contra novas mutações de vírus, a agência solicitou a todos os criadores de vacinas que investiguem se a sua vacina pode oferecer proteção contra quaisquer novas variantes, por exemplo, as identificadas no Reino Unido, África do Sul e Brasil, e apresentem dados relevantes", explica a EMA.

No final de janeiro, numa audição no Parlamento Europeu, a diretora da EMA disse que as vacinas da Pfizer-BioNTech e da Moderna contra a Covid-19 são eficazes para a variante britânica, mas admitiu que a mutação da África do Sul é "mais complicada".

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De acordo com a agência noticiosa AFP, até ao momento, foram administradas mais de 150 milhões de vacinas contra a Covid-19, em 91 países. Vacinas que foram desenvolvidas antes do surgimento das variantes do Reino Unido, África do Sul e Brasil, consideradas mais contagiosas que o vírus na sua versão original. Em Portugal já foram detetados casos das três variantes, ainda que a britânica esteja em clara prevalência sobre a sul-africana e brasileira.

Radar Vacina

Preparar o futuro

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O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, a Direção-Geral da Saúde e o Instituto Nacional de Emergência Médica vão participar num projeto europeu para melhorar a preparação e a resposta da UE a futuras pandemias.

Lucro cresce 159%

A farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, que desenvolveu uma das vacinas contra a Covid-19, obteve um lucro líquido de 3,144 mil milhões de dólares (2,592 mil milhões de euros) em 2020, mais 159% do que no ano anterior.

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Gouveia e Melo apoiado por vinte militares

O vice-almirante Gouveia e Melo, coordenador da ‘task force’ do plano de vacinação contra a Covid-19, está a trabalhar no bunker no comando conjunto das Forças Armadas, em Oeiras, e para o apoiar foi ativado o Estado-Maior da Força de Reação Imediata, constituído por 20 militares do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), da Marinha, do Exército e da Força Aérea, foi esta quinta-feira anunciado. O vice-almirante conta, no seu "grupo de apoio", com outros três elementos que trabalham com ele mais diretamente. "O grupo apoia o coordenador, nas áreas de planeamento estratégico, coordenação e gestão corrente e comunicação", explicou o EMGFA. Conta ainda com oficiais de ligação nas cinco administrações regionais de saúde (ARS), nos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, na Direção-Geral da Saúde, no Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) e na sala de situação da ‘task force’, localizada no Ministério da Saúde.

País de Lés a Lés

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Sardoal: Médio Tejo recebe 102 doses para quatro mil

Um número ridículo." Foi esta a expressão esta quinta-feira aplicada por Miguel Borges, presidente da autarquia do Sardoal e da Comissão Distrital de Proteção Civil, perante as 102 doses disponibilizadas na região do Médio Tejo para as mais de 4 mil pessoas a vacinar na nova fase do plano.

"Assim é difícil fazer planeamento", admitiu Miguel Borges. O autarca alertou ainda que o processo de vacinação dos idosos poderá ocultar outro problema: a dificuldade de informar utentes em tempo útil.

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"No Interior, os CTT nem sempre conseguem fazer a entrega como um bom prestador de serviço público", apontou. "Não podemos correr o risco de receber a carta no dia seguinte ao dia em que a vacinação deveria ter decorrido", acrescentou o presidente.

Palmela: Chefe de corporação morre infetado aos 60

Francisco Jones, um chefe do corpo ativo dos Bombeiros de Palmela, com mais de 45 anos de dedicação à corporação, morreu esta quinta-feira no Hospital de Setúbal.

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Octávio Machado, presidente da direção da Associação Humanitária desta corporação, confirmou ao CM que o chefe Jones, de 60 anos, teve um diagnóstico positivo de Covid-19 há cerca de três semanas. "Ele estava a trabalhar na Central de Comunicações dos bombeiros quando sofreu um AVC. Foi de urgência para o hospital, e lá fizeram-lhe o diagnóstico de Covid", explicou o responsável dos bombeiros. Doente oncológico, Francisco Jones esteve internado nas últimas três semanas, e morreu ontem. Entrou nos Bombeiros de Palmela aos 15 anos e recebeu várias condecorações.

Oeiras: Ficaram por vacinar 75% dos bombeiros

Éa metade da metade. Foi obrigatório fazer escolhas, deixar bombeiros de fora do plano da vacinação. Para já, foi só um quarto (25%) dos voluntários das nove corporações que pertencem ao ACES Lisboa Ocidental e Oeiras. Foram vacinados na unidade de saúde, bem no centro da sede do concelho, num processo que decorreu com normalidade.

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"Tenho 48 bombeiros, tive de escolher 24. Doze são hoje [quinta-feira], outros doze deverão ser para a semana", disse ao CM Ricardo Ribeiro, comandante dos Bombeiros de Paço de Arcos. "E se deixei de fora alguém que amanhã fica doente? E se escolhi mal, como vou lidar com isso?", continua, explicando que ele próprio será o último. "Era a única coisa que podia fazer. Primeiro a minha equipa, depois eu."

Portimão e Albufeira: Vacinados 617 operacionais no Algarve 

Um total de 617 bombeiros começaram esta quinta-feira a ser vacinados contra a Covid-19 no Algarve. De fora, para já, ficaram os operacionais da corporação de Vila Real de Santo António, onde há cerca de uma semana surgiu um surto de infeção.

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A vacina administrada aos ‘soldados da paz’ é da farmacêutica AstraZeneca, sendo a segunda dose dada dentro de 12 semanas. A vacinação decorre nos centros de saúde. Em Portimão, foram ontem imunizados 66 bombeiros. "A vacina representa uma segurança acrescida", salienta ao CM Paulo Silva, adjunto de comando da corporação. Em Albufeira, receberam a primeira dose da vacina 51 operacionais. António Zua Coelho, comandante dos bombeiros voluntários, defende que este processo de vacinação devia ter sido iniciado "mais cedo" e abrangido "todos os bombeiros e não apenas metade", tendo em conta o elevado risco de exposição dos operacionais.

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