Bicicletas partilhadas de Leiria já fizeram mais de 86 mil quilómetros
Autarca esclareceu que estes mais de 86 mil quilómetros percorridos significam que houve uma redução de emissões de dióxido de carbono.
As bicicletas partilhadas de Leiria (Biclis) já fizeram mais de 86 mil quilómetros desde a sua entrada em funcionamento, em julho de 2024, anunciou esta terça-feira o vereador Luís Lopes.
"Distribuímos as primeiras bicicletas em julho do ano passado e até agora já foram efetuados mais de 86 mil quilómetros com as nossas 150 bicicletas, que continuam todas operacionais", afirmou Luís Lopes, na reunião do executivo municipal.
Segundo o autarca, "as falhas ou avarias reportadas são coisas menores" e tem havido capacidade de as "resolver em tempo útil, "mantendo, assim, a sua operacionalidade e disponibilidade".
"Em termos de utilização média, cada utilizador fez cerca de 470 quilómetros", referiu Luís Lopes, responsável pelo pelouro da mobilidade, entre outros, adiantando que o município tem "185 utilizadores registados".
O autarca esclareceu ainda que "estes mais de 86 mil quilómetros percorridos significam que houve uma redução estimada, em termos de emissões de dióxido de carbono, de aproximadamente 22 toneladas, pela não utilização de veículos com combustíveis fósseis".
Luís Lopes acrescentou que a Câmara aguarda a publicação dos resultados de um aviso do Centro 2030 para a aquisição de mais 44 bicicletas, mostrando-se convencido de que, até ao final do ano, serão integradas no sistema municipal de bicicletas partilhadas de Leiria.
De acordo com o vereador, o município quer também aumentar o número de docas para bicicletas em projetos que estão em curso, como o Terminal Intermodal de Leiria ou os parques de estacionamento periféricos gratuitos.
O objetivo é o de que a Biclis "seja uma alternativa viável para quem quer deixar o seu automóvel fora da cidade e possa deslocar-se para o seu interior", salientou.
Sobre a construção do Terminal Intermodal de Leiria, junto ao Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, o presidente da Câmara, Gonçalo Lopes (PS), disse que está atrasada.
"Neste momento, a obra está atrasada, com grandes prejuízos para o município, para a nossa estratégia de mobilidade e também para a necessidade de avançar com a transferência da rodoviária atual para aquele espaço", declarou Gonçalo Lopes após ser questionado pelo vereador da oposição Álvaro Madureira (independente eleito pelo PSD).
O presidente do município esclareceu que "haverá uma redefinição do calendário", uma vez que o prazo de conclusão estava previsto para setembro e "esse não será concretizado",
"Estamos a dialogar com a empresa para saber qual é o novo calendário", declarou, embora reconhecendo tratar-se de uma intervenção muito complexa, e admitindo acionar meios para a autarquia ser ressarcida do atraso.
A construção do Terminal Intermodal de Leiria, que substituirá a atual estação rodoviária, arrancou em novembro de 2024.
Num comunicado enviado na ocasião, o município referiu que "a empreitada tem um investimento estimado em 2.256.356,15 euros e deverá ser executada num prazo previsto de 270 dias (cerca de nove meses)".
"Além do transporte coletivo de passageiros das redes interurbanas e expressos, a nova infraestrutura receberá uma praça de táxis, uma estação da Biclis e ligação ao serviço Mobilis e ao Percurso Polis, permitindo a intermodalidade de meios de transporte, numa zona de fácil acesso a diversos serviços e equipamentos", explicou.
A nova infraestrutura terá capacidade para 15 autocarros, um edifício para serviços administrativos e sala de espera para passageiros, uma praça coberta, uma zona de descanso exterior e uma bilheteira, o que totaliza 2.918 metros quadrados de área de construção.
A autarquia recordou que a decisão de construir este equipamento foi tomada "na sequência do processo de venda das atuais instalações do terminal rodoviário na Avenida Heróis de Angola", o que a obrigou "a avançar com uma nova solução para garantir a continuidade da prestação" do serviço.
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