Bombeiros voluntários entregaram ao Governo resolução para a criação de carreira
Trabalhadores esperam que carreira seja regulamentada desde 2007 e a entrega da resolução que aconteceu é também pressionar o Governo para que apresente uma proposta.
Os bombeiros voluntários das associações humanitárias entregaram esta sexta-feira na secretaria de Estado da Proteção Civil, em Lisboa, uma resolução que pede a criação de uma carreira para esta profissão.
Durante a manhã, cerca de 30 pessoas estiveram à porta do ministério da Administração Interna, da qual faz parte a secretaria de Estado da Proteção Civil, para reivindicar, além da criação de uma carreira para os bombeiros voluntários das associações humanitárias, aumentos salariais e que esta profissão seja considerada de desgaste rápido.
Os participantes da concentração convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) aprovaram uma resolução que contém as reivindicações e que foi entregue por um grupo de quatro bombeiros voluntários na secretaria de Estado.
"A ausência de uma carreira para estes profissionais e de um regime jurídico específico cria desigualdades entre profissionais que exercem as mesmas funções em diferentes corporações", lê-se na resolução entregue esta sexta-feira à tutela.
À Lusa, o dirigente nacional do STAL Joaquim Sousa explicou que estas desigualdades existem, porque, atualmente, os bombeiros voluntários "não têm uma progressão ao longo da vida profissional, não têm uma carreira e variam em função das necessidades e do poder de decisão de cada uma das direções das associações humanitárias de bombeiros".
Para exemplificar, Joaquim Sousa referiu que existem em associações humanitárias profissionais que têm carreira de bombeiro de 1ª, de 2ª ou 3ª e, noutras associações, os cargos são de motorista, operador de central, não existindo uma uniformização.
Para os bombeiros voluntários, lê-se na resolução, é essencial que exista, através da criação de uma carreira profissional, uma "estrutura hierarquizada, regras de progressão, tempo de serviços e tabela remuneratória própria".
Estes trabalhadores esperam que a carreira seja regulamentada desde 2007 e a entrega da resolução que aconteceu esta sexta-feira é também pressionar o Governo para que apresente uma proposta aos trabalhadores, de forma a iniciar um processo negocial.
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