Cancro rouba 113 mil anos aos portugueses
Mortes provocadas por cancro do pulmão aumentaram.
Morreram em Portugal 106 876 pessoas em 2013, menos 1093 do que no ano anterior, revelou o Instituto Nacional de Estatística. As doenças do aparelho circulatório continuam a ser a principal causa de morte (31 528 óbitos), mas houve uma redução de 4,1% face a 2012.
Já as mortes por cancro (25 920) aumentaram 0,6%, sendo de 72,4 anos a idade média dos mortos. O número de anos potenciais de vida perdidos foi de 113 408, segundo o INE. Nuno Miranda, diretor do programa nacional de doenças oncológicas, alerta que é "expectável um aumento de 3% ao ano nas mortes por cancro".
O cancro que mais mata é o do aparelho respiratório, que teve um aumento de 9,1% em relação a 2012. "É um cancro evitável na grande maioria dos casos e está a aumentar porque há mais consumo de tabaco entre a população jovem e as mulheres. Temos de mudar a atitude da sociedade", disse o clínico ao CM.
O aumento das mortes por cancro do pâncreas também "reflete estilos de vida, como consumo de álcool". Quanto à redução das mortes por cancro da mama e da próstata, Nuno Miranda prefere "esperar para ver" se é uma tendência. A redução do total de óbitos, diz, reflete "um melhor funcionamento do sistema", uma vez que "a população total diminuiu, mas os idosos não".
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