CEO da Vasp pronuncia-se após requerimento do PCP à Assembleia da República sobre destribuição de jornais
Em causa está a possibilidade de oito distritos deixarem de receber imprensa diária.
Em reação ao requerimento do Partido Comunista Português na Assembleia da República, o CEO da Vasp, Marco Galinha, quebrou o silêncio e deixou um aviso claro: a empresa não pede dinheiro, mas sim que o Estado cumpra os compromissos assumidos.
Em causa, está um anúncio feito pela distribuidora, na passa quinta-feira, sobre a possibilidade de deixarem de garantir a distribuição diária de imprensa em oito distritos: Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança.
No requerimento enviado ao Ministro da Presidência, o PCP considera que esta ameaça levanta “sérias preocupações” e poderá criar uma “intolerável situação de desigualdade entre territórios e populações no acesso a publicações periódicas”, alertando para a “privação do direito à informação” e para o agravamento da perda de coesão territorial.
O partido questiona ainda o Governo sobre os compromissos assumidos com a VASP, o grau do seu cumprimento e que medidas estão previstas para evitar a suspensão do serviço.
Para já, a VASP garante que aguentou enquanto acreditou na palavra do Governo, sublinhando que está em causa “a importância de ter uma comunicação social forte, não fraca”. “Nunca cortámos rotas porque acreditámos na palavra do ministro Pedro Duarte, que desde janeiro dizia que o concurso público sairia em sete semanas”, afirma Marco Galinha.
Caso não haja uma resposta concreta do Ministro da Presidência, milhares de portugueses podem mesmo ficar sem jornais em papel no início do próximo ano.
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