Ciência elimina cancro em doente terminal

Vinte dias após o início do tratamento, o paciente já não apresentava sinais da doença.

13 de outubro de 2019 às 01:30
Vamberto Castro com a equipa médica dos hospitais da Universidade de São Paulo, no Brasil Foto: Direitos Reservados
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Um homem que lutava contra um linfoma em fase terminal "está livre da doença", depois de ter sido submetido a um tratamento inovador, realizado, pela primeira vez, nos hospitais da Universidade de São Paulo (USP), no Brasil. Cerca de 20 dias após o início da terapêutica, as células cancerígenas tinham desaparecido.

Vamberto Castro, reformado de 62 anos, realizava, desde 2017, ciclos de quimioterapia e radioterapia, sem sucesso - o cancro, que tem por alvo o sistema linfático, já se havia espalhado aos ossos. As dores e a magreza eram extremas e Vamberto já mal se mexia.

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"A expectativa de vida era inferior a um ano. Neste tipo de casos, no Brasil, restam apenas os cuidados paliativos. Contudo, menos de um mês após a infusão das células CAR-T observámos uma melhoria clínica evidente e até conseguimos eliminar os remédios para dor", revelou Renato Cunha, investigador da USP, citado pela imprensa brasileira. Baseado numa técnica de terapia genética, o método estimula as células T (linfócitos) do paciente a reconhecer - e atacar - as células cancerígenas, após reprogramação em laboratório.

O tratamento com as células CAR-T está ainda em fase de desenvolvimento.

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Esperança para dois

A versão brasileira do tratamento inovador de produção das células CAR-T, desenvolvida pela USP, deverá avançar em breve noutros dois pacientes.

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As células CAR-T foram desenvolvidas por investigadores norte-americanos, país onde a produção das células modificadas está autorizada.

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