Cirurgias e exames em risco de cair nos hospitais privados

Privados ameaçam boicotar serviços para utentes da ADSE por causa das novas regras.

23 de setembro de 2018 às 09:58
ADSE Foto: Bruno Colaço
Hospital Foto: Eduardo Martins

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Está suspensa, para já, a ameaça dos privados de cancelar as cirurgias, exames de gastrenterologia e sessões de fisioterapia aos doentes da ADSE a partir de 1 de outubro, data em que passariam a vigorar as novas regras de faturação. Nas últimas horas, a ADSE decidiu dar mais um mês aos prestadores privados.

Ao CM, Eugénio Rosa, do Conselho Diretivo da ADSE, recusa falar em recuo. "Nenhum prestador comunicou à ADSE a decisão de suspender as convenções, mas alguns manifestaram dificuldade em cumprir e nós não criámos problemas."

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"Agora, estas notícias só servem para criar instabilidade", acrescentou, certo de que Óscar Gaspar, presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, que anunciou o boicote, "está incomodado". "Não quer que se faça controle da despesa".

O CM tentou contactar Óscar Gaspar, sem sucesso.

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Guerra por causa de faturação das próteses

Entre as novas regras para controlar os gastos do sistema de assistência na doença dos funcionários e aposentados do Estado está a faturação das próteses. Os prestadores privados terão que passar a indicar o valor da compra, de acordo  com o Decreto-Lei de Execução Orçamental, que impõe que a margem de comercialização deve ter um limite máximo. A APHP considera o pedido da  ADSE ilegal.

PORMENORES

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"Insustentável"

"Este controlo de despesa é indispensável para garantir a sustentabilidade e a continuidade da ADSE. As receitas estão a crescer 1%. É insustentável", disse Eugénio Rosa, ao CM.

260 milhões de euros

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"Os quatro maiores grupos privados de saúde faturam à ADSE mais de 260 milhões de euros por ano", segundo dados avançados por Eugénio Rosa.

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