Construções clandestinas demolidas junto ao canal de São Roque em Aveiro

Operação "permitiu terminar com um antigo passivo urbano, ambiental e social".

13 de julho de 2021 às 15:33
Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro Foto: Paulo Duarte
Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro Foto: Paulo Duarte

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Várias construções clandestinas em Aveiro, junto ao Canal de São Roque, foram esta terça-feira demolidas, no âmbito de uma operação ordenada pelo presidente da Câmara, Ribau Esteves, que seguiu diretamente os trabalhos.

A operação realizada esta manhã, segundo um comunicado da autarquia, "permitiu terminar com um antigo passivo urbano, ambiental e social, de ocupação irregular e insalubre de uma parcela de terreno que vai agora ser qualificado e integrado em espaço público". 

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A Câmara de Aveiro assumiu a gestão e os custos da demolição e limpeza do terreno, que vai ser entregue à empresa GIC, responsável pelo loteamento da zona e com alvará emitido no ano 2000, para o urbanizar.

As construções demolidas serviam de habitação à família Chipelo (popularmente conhecida em Aveiro pelo nome popular de os "Moles"), que, há 12 anos, havia sido realojada no Bairro de Santiago, embora alguns dos elementos do agregado familiar ali permanecessem até 2019 e outros mesmo até 2020.

A saída definitiva destes últimos, que, segundo a Câmara de Aveiro, "foram e são utilizadores de uma habitação social no município de Estarreja", deu-se após o falecimento do ancião dos "Moles", com 93 anos.

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"A GIC pode agora executar a obra há muito pendente da disponibilização do terreno após a demolição das referidas construções, que foi assumida pela Câmara Municipal de Aveiro e hoje cumprida", refere o comunicado.

Parte do terreno hoje limpo vai ser espaço público de utilização pedonal, nos termos do loteamento aprovado, e a Câmara pretende ainda aproveitar para cumprir o compromisso que assumiu com os Escuteiros da Vera Cruz, para a edificação da sua sede no local, utilizando o modelo dos antigos palheiros de madeira, de armazenagem do sal. 

"O processo agora consumado teve um acordo extrajudicial no âmbito de um processo judicial em curso, assumindo duas empresas privadas envolvidas no processo de loteamento da zona em causa e da edificação de prédios de habitação em terrenos contíguos, o pagamento à Família Chipelo de um valor de 30 mil euros", esclarece o executivo municipal.

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