Contratação de "umas dezenas de enfermeiros" não resolve problemas

Ordem dos enfermeiros diz que o caos nas urgências não se resolve com a contratação de "uma dezenas de enfermeiros".

24 de janeiro de 2015 às 20:38
urgências Foto: Ricardo Almeida
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A Ordem dos Enfermeiros (OE) afirmou este sábado que a contratação de "umas dezenas de profissionais de enfermagem", anunciada pelo ministro da Saúde, pretende "responder ao alarme social" provocado pelas mortes nas urgências e não resolver o problema.

O titular da pasta da Saúde, Paulo Macedo, "anunciou recentemente a contratação de umas dezenas de profissionais de enfermagem, mas esta medida, aparentemente reativa, apenas pretende responder ao alarme social que a morte de utentes nas urgências provocou", sustenta a Secção Regional do Centro (SRC) da OE, numa nota enviada à agência Lusa.

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A decisão do Ministério da Saúde (MS) surge "depois de o país assistir à incapacidade dos serviços de urgência em gerir o fluxo de utentes e de lhes dar a resposta adequada e em tempo útil", sublinha a Secção do Centro da OE, considerando que a contratação daqueles profissionais pretende "apenas camuflar um problema, mas não resolvê-lo".

Os doentes que "recorram às urgências terão de ser encaminhados para outros serviços para receberem os cuidados de saúde de que necessitam, mas nestes serviços as lacunas de profissionais de enfermagem também existem, e com idêntica gravidade", adverte a SRC da organização dos profissionais de enfermagem.

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