Correção evita pior média a Matemática

Média à disciplina mais temida desceu apenas 0,6 valores em relação ao ano passado.

13 de julho de 2018 às 01:30
Alunos da Escola José Gomes Ferreira, em Lisboa, consultam as notas dos exames que foram ontem afixadas Foto: Duarte Roriz
Sala de aula Foto: Getty Images
Ana Catarina Mendes Foto: Direitos Reservados
João Pereira Foto: Direitos Reservados
Sabina Rodrigues Foto: Direitos Reservados

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A média do exame de Matemática A do 12º ano foi este ano de 10,9, numa descida de seis décimas face aos 11,5 do ano passado. Os professores acreditam que critérios de classificação mais benevolentes evitaram que tivessem havido ainda piores resultados.

"Acho que houve uma tentativa razoável na classificação das provas de minimizar o impacto das confusões. E os alunos até reagiram bastante bem tendo em conta as dificuldades", analisa Jorge Buescu, presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática.

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As confusões de que fala Buescu são as alterações à estrutura do exame, que testava pela primeira vez o programa lançado pelo ex-ministro Nuno Crato, o facto de não terem sido divulgadas provas modelo e de os alunos terem de optar entre responder a perguntas do novo ou do antigo programa.

"Foram muitas mudanças em pouco tempo, o que introduz muita perturbação. Imagino que a classificação teve em conta este condicionalismo e teve algum cuidado para os alunos não serem prejudicados", afirmou ao CM Lurdes Figueiral, presidente da Associação de Professores de Matemática.

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O facto de haver questões em alternativa baralhou alguns alunos, que responderam a todas as perguntas. O Instituto de Avaliação Educativa, que concebe as provas, deu indicações para pontuar todas as respostas corretas, o que também terá ajudado a subir as notas.

A taxa de reprovação a Matemática foi de 14%, face aos 13% de 2017. Estes dados são relativos aos alunos internos, porque nos autopropostos a média foi de 6,1 e 78% chumbaram.

Ministério volta a não revelar médias agregadas

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O Ministério da Educação voltou a não revelar a média agregada de alunos internos e autopropostos. Tal como fez o ano passado, o ME revelou separadamente a média para alunos internos (frequentam a disciplina até ao final do ano letivo) e autopropostos. Estes últimos fariam descer a média agregada.

DEPOIMENTOS

"Estava à espera de boa nota a Matemática", Ana Catarina Mendes

Curso de Ciências e Tecnologias

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"As notas foram boas. Os resultados foram de 14 a Português e de 16 a Matemática. Quando eu saí do exame de Matemática estava à espera de boa nota, mas antes de fazer o exame achava que ia ter pior nota."

"Estou contente mas queria um bocadinho mais", João Pereira

Curso de Economia

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"Nos exames do 12º ano queria ter um bocadinho mais a Matemática, mas já fico contente com o resultado final. A nota a Português foi de 11. A Matemática A consegui 17. Fiquei contente."

"A Matemática estava à espera de menos", Sabina Rodrigues

Curso de Ciências e Tecnologias

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"Tive 11 a Português e consegui 17 a Matemática nos exames do 12º ano. A Português acabei por ter a nota que esperava, mas a Matemática não. Estava à espera de menos no exame de Matemática."

PORMENORES

Português desce um pouco

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A Português, a prova mais concorrida do 12º ano, realizada por 55 013 alunos, houve uma ligeira descida de uma décima para 11 valores.

Biologia com subida

A Biologia e Geologia, disciplina importante para a entrada em cursos de Saúde, a média subiu, passando de 10,3 valores o ano passado para 10,9.

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Física também sobe

A média também subiu a Física e Química A, disciplina relevante para a entrada em cursos científicos. Neste caso, a média passou de 9,9 para 10,6 .

Dez a subir e dez a descer

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A média dos alunos internos subiu a 10 disciplinas e desceu noutras tantas, enquanto a Desenho se manteve inalterada.

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