CPCJ sinaliza 14 284 crianças e jovens em perigo

Mais de 14200 crianças e jovens estavam numa situação de perigo e precisaram de uma medida de promoção e proteção em 2023, mais de 5500 por situações de negligência, enquanto outras 4300 por violência doméstica, segundo dados do relatório de Avaliação da Atividade das Comissões de Proteção das Crianças e Jovens (CPCJ).

No ano passado, as CPCJ acompanharam 79 511 crianças e jovens, mais 6,7% do que em 2022. Houve 54 746 denúncias de situação de perigo, das quais 17 632 por negligência e 17 001 por situações de violência doméstica. As CPCJ propuseram aplicação de medidas de prevenção e proteção para 14 284 crianças e jovens, a maior parte rapazes (7676), com predominância para a faixa etária 11-14 anos. Há ainda registo de 471 situações de maus-tratos físicos, 343 de maus-tratos psicológicos, 136 por abandono, 180 de abuso sexual e ainda oito casos de exploração infantil.

Em relação às crianças acompanhadas, o relatório revela que 2665 tinham nacionalidade estrangeira, em particular do Brasil, e que 947 tinham algum tipo de deficiência ou incapacidade, maioritariamente a nível mental.