CRIL tirou trânsito à CREL
A A9 (CREL) foi a via que mais tráfego perdeu. Automobilistas fogem das portagens.
A Circular Regional Externa de Lisboa (CREL) foi a autoestrada da rede Brisa que mais tráfego perdeu em 2013. De acordo com o relatório e contas de 2013 da Brisa - Concessão Rodoviária, a circulação (quilómetros percorridos) baixou 7,4% na CREL, o que corresponde a uma quebra de 7,1% do tráfego médio diário anual nesta via, que liga o Estádio Nacional a Alverca. A justificar esta quebra está a CRIL (Circular Regional Interior de Lisboa), que não é paga e que liga Algés a Sacavém. A CRIL ficou finalizada em 2012, mas no ano passado continuou a captar viagens, retirando veículos da CREL.
De todos os troços de autoestrada explorados pela Brisa, aquele que sofreu a maior queda de tráfego foi o Fogueteiro-Coina, na A2: menos 15,1 por cento de tráfego médio diário anual face a 2012. Esta quebra coincide com a abertura ao trânsito da A33, da Ascendi, que liga o IC20, no Monte de Caparica, a Alcochete. O lanço com mais tráfego é o Estádio Nacional Oeiras, da A5 (105 122 viaturas por dia, 73 por minuto), e o que tem menos tráfego é a ligação Benavente-A13 (A10), com uma média diária anual de 1581 viaturas (66 por hora). No total, as autoestradas da Brisa têm 1100,2 quilómetros, dos quais 1014,1 são portajados.
O relatório da Brisa – enviado ontem à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários – refere que as perdas foram superiores nos veículos pesados (menos 5,4%) do que nos automóveis ligeiros (menos 2,7%), um reflexo dos efeitos da crise económica nas empresas nacionais.
Em 2013, a Brisa - Concessão Rodoviária registou um lucro de 27,5 milhões de euros. As receitas das portagens atingiram 427,5 milhões de euros, menos 5,4 milhões em relação a 2012.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt