Cuidado com as alergias
Rinite é frequente nos idosos. Os tratamentos para outras doenças podem agravar o quadro clínico.
Salvas de espirros, comichão na garganta, nariz obstruído e olhos lacrimejantes. Os sintomas característicos da rinite alérgica podem ser uma verdadeira dor de cabeça nesta altura do ano, devido à elevada concentração de pólenes no ar. Apesar de poder surgir em qualquer idade, a rinite é muito frequente junto da população idosa, já debilitada por outras patologias.
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17-04-2015_22_36_01 InfoSaude_Alergias.pdf"Os idosos têm mais patologias do que outros grupos da população. Essas doenças e os tratamentos também podem agravar a sintomatologia da rinite", alertou João Fonseca, secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica. A terapêutica para as doenças neurodegenerativas ou para a hipertensão "pode influenciar negativamente ou agravar os sintomas da rinite, tornando a situação mais complexa, até porque vai interferir com o tratamento preventivo", acrescentou o alergologista da CUF Porto. Talvez por isso, sejam o principal fator de incómodo referido pelo doente, mesmo que este padeça de outras comorbilidades.
Sendo os pólenes o segundo alergénio mais frequente no País, logo a seguir aos ácaros, há conselhos que podem diminuir o seu impacto na saúde.
"Deve-se preferir as horas de menor calor, como o início da manhã ou o final do dia, para praticar atividades físicas
ao ar livre, como as caminhadas, e arejar a casa. É importante usar óculos escuros, principalmente em dias de vento, já que mais de metade dos casos tem sintomas oculares. É bom que, quando entrem em casa, tenham o cuidado de mudar de roupa e lavar as mãos", garantiu o especialista João Fonseca. Afinal, qualquer peça de roupa pode ser um verdadeiro coletor de pólenes.
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