D. Américo Aguiar critica ataque a Montenegro

Bispo de Setúbal teme crescendo de violência por parte dos ativistas climáticos. “Um dia não será tinta, será mais grave”

28 de fevereiro de 2024 às 13:53
Cardeal Américo Aguiar Foto: Vítor Mota
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"Um dia não será tinta, um dia será ainda mais grave e sem retorno". Esta é a reação indignada do bispo de Setúbal, cardeal D. Américo Aguiar ao ataque de que foi vítima esta manhã o líder do PSD, Luís Montenegro, por parte de um ativista climático, que lhe atirou com tinta verde à cabeça.

O incidente de campanha aconteceu durante uma visita do candidato a primeiro-ministro nas eleições legislativas de 10 de março à BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, no Parque das Nações.

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"Estas ações a que temos assistido não podem nem devem ser aceites num Estado de direito, numa democracia. Já o disse aquando do incidente com o Dr Fernando Medina, ministro da República, e agora com o líder do PSD, e com tantos outros alvos e métodos fora das regras da convivência democrática", escreveu D. Américo Aguiar nas redes sociais.

O bispo de Setúbal, que nos anos 90 do século passado fundou uma associação de defesa do ambiente do Rio Leça, considera que ao longo das últimas décadas "muito mudou para melhor" em matéria ambiental, mas reconhece que há muito por fazer "e urgentemente".

"Os gritos da Terra e da Humanidade não podem esperar muito mais como nos diz o Papa Francisco, na Laudato Si e na Laudato deum", mas não é com ações como a desta manhã que as questões ambientais se resolvem, alerta o cardeal, que termina expressando um desejo: "Que Deus ilumine todos os corações com sabedoria e discernimento".

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