De Norte a Sul: conheça os bebés de Natal por todo o País
Mulher deu à luz às 21h23 de quarta-feira, pouco depois de entrar na viatura dos Bombeiros. Menina tinha cordão ao pescoço.
Foi o quarto parto realizado pela bombeira Catarina Melo, dos Voluntários de Sacavém. Ao lado, em plena noite de consoada, tinha o comandante Armando Baptista, que também já fez três partos. Ambos ajudaram a trazer ao Mundo mais uma criança que não teve tempo de chegar ao hospital para nascer: Lorita. A mulher deu à luz às 21h23 de quarta-feira, pouco depois de entrar na ambulância. A bolsa tinha rebentado em casa e as contrações já eram muito fortes ao ponto de a mulher nem sequer conseguir deitar-se na maca da ambulância quando os operacionais chegaram. Foi nesse instante que o comandante percebeu que já não havia tempo e os dois operacionais começaram a equipar-se com o kit de partos, disponível na viatura.
O parto, porém, contou com algumas dificuldades. Lorita tinha o cordão umbilical à volta do pescoço - duas voltas -, como explicou o comandante Armando Baptista ao Correio da Manhã. “Foi aí que percebemos que tínhamos de ser rápidos e ágeis, ficámos ansiosos, como é normal. É sempre incerto o que pode acontecer, mas correu tudo bem, felizmente."
Comandante e bombeira conseguiram tirar o cordão umbilical e a bebé começou a chorar após momentos de enorme stress.
Já no final do parto, o comandante não conseguia contactar o CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes). “Tive de pedir ajuda à nossa central para nos facilitar esse contacto. Já durante o transporte informaram-nos para aguardar porque aparentemente a maternidade não recebia o bebé tendo em conta que ele já tinha nascido, mas nós já estávamos a caminho e depois lá nos deram essa autorização”, concluiu o comandante Armando Baptista ao CM.
Os dois operacionais são técnicos de Emergência Médica e essa competência facilitou a realização do parto com sucesso. “Deu-nos agilidade e rapidez para conseguirmos contrariar as dificuldades, nomeadamente as duas voltas do cordão umbilical no pescoço da menina”, explicou.
Mãe e filha estão bem de saúde, continuam internadas na Maternidade Alfredo da Costa. A bebé já realizou os primeiros exames e é uma menina saudável.
Segundo dados do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), até meados de setembro de 2025 foram contabilizados 32 partos em ambulâncias. Em 2024 realizaram-se 28, no ano anterior foram 18 e em 2022 nasceram 25 bebés na estrada.
Zoane foi o primeiro às 12 badaladas
Vai chamar-se Zoane, que significa ‘presente de Deus’, e revelou-se mesmo o maior presente que os pais, imigrantes do Nepal, receberam na quinta-feira. Zoane nasceu às zero horas na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, com 3,3 kg. De acordo com a mãe, professora de Matemática, em Portugal há três anos e meio, o parto foi relativamente rápido e correu com normalidade: “Fui muito bem tratada pelos médicos, foi rápido e correu bem.” Para estes pais, o dia de Natal ganhou um novo significado.
Passados 44 minutos, nasceu em Faro Trijal Karki, também de origem nepalesa. É um rapaz e tem 3,035 kg.
O Afonso e a Aurora são os bebés de Natal do Norte. O Afonso veio ao Mundo às 06h31, no Hospital de S. João, no Porto. “É lindo e saudável”, referiu Elsa Calado, diretora da Urgência de Obstetrícia da unidade de saúde. Os pais são de Meixomil, Paços de Ferreira, e já têm uma filha, de cinco anos, que “estava muito ansiosa para conhecer o irmãozinho". Vanessa, de 34 anos, e Joaquim, de 36, são os pais babados.
Em Coimbra, Maya Ferraz nasceu às 09h16 na Maternidade Daniel de Matos. Já em Leiria, o Hospital de Santo André deu as boas-vindas a Noah, de 3,2 kg. Márcia e Lucas, os pais, vieram do Brasil e vivem em Pataias.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt