Denunciantes de Boaventura de Sousa Santos querem julgamento público
Sociólogo interpôs processo contra quatro mulheres para assegurar a honra e bom-nome depois de denúncias de assédio
O julgamento no âmbito do processo de uma ação interposta pelo sociólogo Boaventura de Sousa Santos, para assegurar a defesa do seu bom-nome no seguimento de denúncias de assédio, foi retomado ontem, no Tribunal Cível de Coimbra.
Tal como aconteceu na sessão anterior, em novembro, Boaventura não esteve presente e a sessão decorreu à porta fechada por decisão da juíza. Contudo, as quatro rés (mulheres que acusam Boaventura de Sousa Santos de assédio sexual e moral) preferiam que fosse uma sessão pública. “A questão da não publicidade foi uma decisão da juíza. Todas as mulheres envolvidas preferiam que decorresse de porta aberta e manifestámos isso mesmo, mas acabou por ser o entendimento da juíza que vingou”, referiu à agência Lusa a advogada Lara Roque Figueiredo, frisando a importância deste ser um julgamento público.
Durante a sessão, Sara Araújo, uma das rés, foi interrogada ininterruptamente durante longas horas numa sessão que se estendeu de manhã até à tarde. Um depoimento “difícil” a nível emocional que obrigou a relatar várias situações vividas.
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