Detetadas grandes proporções de estimulantes e opiáceos potentes em seringas usadas por consumidores de droga
Heroína continua a ser a substância mais utilizada, mas um terço das seringas analisadas contêm resíduos de muito mais.
Foram detetadas grandes proporções de estimulantes e opiáceos sintéticos, bastante potentes, entre as 54 substâncias encontradas em seringas usadas para consumir droga, avança esta terça-feira o jornal Público.
O estudo do Observatório Europeu das Drogas, realizado em cidades da União Europeia, como Oslo, Odessa e Tunes, recorreu à análise química do conteúdo das seringas usadas e recolhidas em programas de redução de risco. A pesquisa concluiu que a heroína continua a ser a substância mais utilizada, mas que a diversidade de estimulantes e opiáceos sintéticos consumidos é frequente.
Os peritos alertam que co-injeção de heroína e de cocaína aumenta os efeitos cardiovasculares negativos e o risco de overdose. A mistura de várias drogas, bem como a utilização das mesmas seringas por diferentes pessoas, contribuem para que um terço das seringas analisadas contivesse resíduos de duas ou mais substâncias.
Outra conclusão a que a investigação chegou foi que a distribuição das drogas determina o seu consumo. A multiplicidade de substâncias que se pode encontrar nas diversas cidades europeias em estudo dita a ingestão de uma igualmente diversa quantidade de estimulantes e opiáceos.
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