Diretores temem atraso na Bolsa de Contratação de Escola
Estabelecimentos de ensino começaram a contactar professores.
Pergunta CM
Ensino: Abertura do ano escolar vai decorrer com normalidade?
Milhares de professores começaram ontem a ser contactados diretamente pelos diretores no âmbito da Bolsa de Contratação de Escola. Mas o sistema de recrutamento para os 303 agrupamentos e escolas com autonomia e situadas em Territórios Educativos de Intervenção Prioritária ameaça prolongar-se para lá do arranque das aulas, que ocorre entre os dias 15 e 21.
"Dificilmente teremos todos os professores colocados quando começarem as aulas. Convém lembrar que o processo que levou ao atraso o ano passado não teve mudanças. O mesmo professor é colocado em dezenas de escolas, tem 24 horas para aceitar e enquanto isso fica tudo pendente", afirmou ao CM Manuel Pereira, da Associação Nacional de Dirigentes Escolares.
Filinto Lima, da Associação Nacional de Dirigentes de Escolas Públicas (Andaep) diz que já está a "contactar os candidatos e a pressionar no bom sentido" e acredita que os problemas "serão minimizados porque o processo começou este ano mais cedo".
Os diretores avisam que, além dos 2132 horários que, segundo a tutela, falta preencher, resta ainda saber quantos professores serão necessários para substituir colegas de baixa ou destacados noutros serviços. "Esta semana, devemos pedir ao MEC quantos professores precisamos para substituição. O problema é que esse processo passa primeiro pela Reserva de Recrutamento para ver se há docentes do quadro disponíveis, e só depois passa para a BCE. O ano passado, isso demorou uma semana", afirmou Filinto Lima. Os professores protestaram ontem nas redes sociais e blogues contra um processo que consideram absurdo.
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