Doente vê operação a fístula adiada quatro vezes

Luís Lopes, de 42 anos, luta com o problema desde 2015. Na semana passada ainda esteve internado mas não houve equipa de cirurgia.

22 de julho de 2018 às 09:24
Luís Lopes espera por uma cirurgia há três anos Foto: Nuno Alfarrobinha
hospital de Faro Foto: Nuno Alfarrobinha
Hospital de Faro está sobrelotado e os médicos defendem que a solução passa pela construção de uma nova unidade Foto: Nuno Alfarrobinha

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Há três anos que Luís Lopes se debate com uma fístula perianal, que lhe causa cada vez mais dores. Este ano, com a situação a piorar, finalmente decidiram operá-lo. Mas, nas últimas três semanas, já foi chamado por quatro vezes ao hospital de Faro, mas a cirurgia foi sempre adiada.

O diagnóstico foi feito em 2015, mas todas as vezes que o olhanense, de 42 anos, foi às Urgências do Hospital de Faro, o desfecho foi sempre a prescrição de antibióticos. Com o crescimento da fístula, no final de junho foi-lhe finalmente marcada uma cirurgia.

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Mas tem sido constantemente adiada. "As primeiras três vezes fiquei no hospital, em jejum, das 09h00 até perto das 14h00 e, no final, a justificação foi a mesma: ‘Não há camas. Pode ir para casa que o chamamos novamente’", conta ao CM Luís Lopes. Na semana passada ficou internado três dias, mas acabaram por lhe dizer que a equipa de cirurgia não estava disponível.

Pelo meio, ainda lhe foi passado um cheque cirúrgico para ser operado num hospital privado, mas aí detetaram-lhe uma anemia que impediu a cirurgia - problema que não foi considerado impeditivo, depois, por um médico do Hospital de Faro. "Não aguento mais. A fístula já deita pus, dá-me febres e custa-me andar. Não consigo trabalhar em condições", diz.

Ao CM, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve disse "não poder pronunciar-se sobre qualquer dado do utente", referindo que vai analisar o caso e responderá "ao utente".

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