Doente vê operação a fístula adiada quatro vezes
Luís Lopes, de 42 anos, luta com o problema desde 2015. Na semana passada ainda esteve internado mas não houve equipa de cirurgia.
Há três anos que Luís Lopes se debate com uma fístula perianal, que lhe causa cada vez mais dores. Este ano, com a situação a piorar, finalmente decidiram operá-lo. Mas, nas últimas três semanas, já foi chamado por quatro vezes ao hospital de Faro, mas a cirurgia foi sempre adiada.
O diagnóstico foi feito em 2015, mas todas as vezes que o olhanense, de 42 anos, foi às Urgências do Hospital de Faro, o desfecho foi sempre a prescrição de antibióticos. Com o crescimento da fístula, no final de junho foi-lhe finalmente marcada uma cirurgia.
Mas tem sido constantemente adiada. "As primeiras três vezes fiquei no hospital, em jejum, das 09h00 até perto das 14h00 e, no final, a justificação foi a mesma: ‘Não há camas. Pode ir para casa que o chamamos novamente’", conta ao CM Luís Lopes. Na semana passada ficou internado três dias, mas acabaram por lhe dizer que a equipa de cirurgia não estava disponível.
Pelo meio, ainda lhe foi passado um cheque cirúrgico para ser operado num hospital privado, mas aí detetaram-lhe uma anemia que impediu a cirurgia - problema que não foi considerado impeditivo, depois, por um médico do Hospital de Faro. "Não aguento mais. A fístula já deita pus, dá-me febres e custa-me andar. Não consigo trabalhar em condições", diz.
Ao CM, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve disse "não poder pronunciar-se sobre qualquer dado do utente", referindo que vai analisar o caso e responderá "ao utente".
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