Doentes não pagam viagens
Isenção deixa de depender de insuficiência económica.
Os doentes transplantados, insuficientes renais crónicos, com paralisia cerebral ou com problemas neurológicos que resultem numa limitação motora vão passar a estar isentos do pagamento do transporte para tratamentos ou consultas. A medida foi ontem anunciada pelo Ministério da Saúde, através da alteração da portaria que define o transporte de doentes não urgentes.
Até agora a isenção deste pagamento estava dependente de uma prova de insuficiência económica (utentes com rendimento mensal até 628,83 euros) e de uma prescrição médica que justifique o transporte. Com a alteração do diploma, "o Serviço Nacional de Saúde passa igualmente a assegurar os encargos de transportes, independentemente do número de deslocações mensais" para os doentes que sejam submetidos a tratamentos como a diálise peritoneal ou hemodiálise domiciliária, lê-se no documento divulgado pelo Ministério da Saúde. Para os utentes com paralisia cerebral e situações neurológicas que afetem a capacidade motora fica também assegurada "a isenção de pagamento dos encargos com o transporte necessário à realização dos cuidados de saúde determinados pela sua condição clínica".
O alargamento das isenções foi a forma escolhida pelo Governo para destacar o Dia Mundial do Doente, que foi ontem assinalado.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt