Duas mil crianças de Oliveira de Azeméis submetidas a rastreio à visão
O objetivo do rastreio é detetar atempadamente eventuais situações de risco.
As crianças dos jardins-de-infância e escolas do 1.º Ciclo de Oliveira de Azeméis vão ser submetidas a um rastreio oftalmológico para despistar situações que, sem acompanhamento médico, podem limitar as suas opções profissionais na vida adulta.
A iniciativa cabe ao Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga (CHEDV) e à autarquia local, que anunciaram hoje que o rastreio irá realizar-se no início do próximo ano letivo e deverá abranger cerca de 2.000 crianças com idades entre os três e os seis anos.
A coordenação dos trabalhos vai ser confiada ao diretor do Serviço de Oftalmologia do CHEDV, João Chibante Pedro, que, em declarações à Lusa, explicou que a ocorrência de problemas de visão nessa faixa etária é particularmente sujeita a passar despercebida.
"As crianças com eventual doença oftalmológica - nomeadamente a ambliopia, que também é conhecida como "olho preguiçoso" - não se queixam que veem mal pois não sabem reconhecer o que é ver bem", explicou.
O objetivo do rastreio é, portanto, detetar atempadamente eventuais situações de risco, de forma a haver "tempo para as tratar e dar à criança as condições para que a sua visão se desenvolva de forma normal", evitando limitações futuras.
"A ambliopia que não foi detetada em idade precoce nem foi alvo de tratamento pode condicionar o futuro de uma criança", realçou João Chibante Pedro. "Existem determinadas profissões - como cirurgião, piloto de aviões, polícia ou motorista - que exigem uma boa acuidade visual em ambos os olhos e a existência de ambliopia pode excluir automaticamente uma pessoa desses postos de trabalho", garantiu.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt