Escola de Lisboa desmente Rita Matias e a proibição de uma festa de Natal

Diretora e Associação de Estudantes da Escola Secundária Gil Vicente garantem que a informação veiculada pela deputada do Chega “é falsa”. A deputada diz que recebeu uma “denúncia” de um encarregado de educação.

26 de novembro de 2025 às 15:36
Rita Matias, deputada do Chega Foto: Estela Silva/Lusa
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A Escola Secundária Gil Vicente, em Lisboa, emitiu um comunicado a desmentir afirmações da deputada do Chega Rita Matias, segundo as quais a direção estava “a proibir a celebração do Natal”. “Nas últimas horas circularam declarações públicas sobre a ‘Escola Secundária Gil Vicente, em Lisboa, na Graça’, afirmando que a Direção teria proibido a Associação de Estudantes de realizar uma festa de Natal. Essa informação é falsa. Mantemos o compromisso com a seriedade e o respeito pela nossa Comunidade. Desejamos a tod@s celebrações felizes, com Amor e Verdade”, pode ler-se no texto colocado no site do Agrupamento de Escolas Gil Vicente e que está assinado pela Diretora e pela Associação de Estudantes.

Num vídeo nas redes sociais, Rita Matias afirma que recebeu “uma denúncia através de um encarregado de educação, segundo a a qual a Escola Secundária Gil Vicente, em Lisboa, na Graça, está a proibir a associação de estudantes de organizar uma festa de Natal e de ter qualquer referência à cultura cristã dominante, porque isto não é inclusivo e não respeita as minorias e a diversidade de religiões”.

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A deputada faz depois uma transposição deste alegado caso para supostos assassinatos cometidos na Europa por imigrantes que não querem celebrar o Natal. “Isto não é só um insulto para a nossa sociedade ocidental, para a forma como nos organizamos, para as nossas tradições, a nossa história, mas é sobretudo um insulto, quando vemos na Alemanha protestos que estão a condicionar os mercados de Natal e atentados que tiram a vida a europeus, porque quem chega de fora não quer celebrar o Natal”, afirma Rita Matias, acrescentando: “Custa-me imenso perceber que estamos a ser autofágicos e a permitir que a nossa casa seja invadida desta forma. É lamentável e espero sinceramente que se apurem as responsabilidades”.

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