Está na moda não cortar cordão umbilical ao bebé
É polémico mas tem cada vez mais seguidores. Mães dão à luz e preferem deixar a placenta ligada ao recém-nascido através do cordão umbilical.
Muitas mulheres têm vindo a adotar uma forma diferente de dar à luz: optam por não cortar o cordão umbilical e assim preservar a ligação do bebé à placenta, por alguns dias após o nascimento. O nome desta nova tendência nos nascimentos é parto de lótus.
Muitas das mães que optaram pela nova alternativa acreditam que a manutenção da ligação à placenta traz benefícios espirituais aos bebés. Na prática, a placenta, expelida pela mãe após o nascimento, permanece ligada ao recém-nascido através do cordão umbilical até que este se liberte sozinho, naturalmente.
"Aqueles que optam por este tipo de parto acreditam ser uma forma de não interferência, e não separar a placenta do bebé de forma artificial", explicou uma parteira independente à BBC.
O parto de lótus causou polémica recente no Reino Unido, o país onde mais mães estão a aderir, quando obstetras expressaram grande preocupação em relação à prática, dizendo que deixar o cordão umbilical no recém-nascido por cerca de sete dias – o tempo médio que demora até este se soltar – pode resultar em infeções sérias para o bebé.
“Nós estamos conscientes que muitas mulheres estão a optar por não cortar o cordão umbilical, e isso é algo que nós não aconselhamos”, disse à BBC o obstetra Patrick O'Brian, porta-voz do Royal College of Obstetricians and Gynaecologists (RCOG). Não existem, porém, números ou estudos publicados que possam ser usados para justificar ou condenar a prática.
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