Luna perde última batalha
Menina de seis anos implorava aos pais milagre que nunca chegou.
"Preciso de um milagre. Preciso que ressuscitem a minha filha". As palavras de desespero de Adriano Moreira, pai de Luna, momentos depois de saber que a filha, de seis anos, tinha perdido a batalha contra a leucemia, contrastam com os pedidos desesperados da criança que nos últimos dias lutou pela vida no Instituto Português de Oncologia do Porto.Luna implorou aos pais que não a deixassem morrer. "Fica comigo mãe, não me deixes partir", repetiu, perante o desespero de quem nada mais podia fazer.
A menina estava internada há uma semana, com uma pneumonia contraída depois de o seu estado de saúde ter piorado. E esta quarta-feira à tarde não resistiu.
A onda de solidariedade que se gerou à volta de Luna tinha dado uma nova esperança aos pais. A campanha de angariação de fundos impulsionada nas redes sociais para que a menina fosse tratada em Inglaterra ultrapassou fronteiras. Reuniram os 310 mil euros necessários, mas o hospital em Inglaterra recusou recebê-la.
A família não desistiu. Recorreu a outro hospital, na Florida (EUA), que se disponibilizou a tratar Luna. Era tarde demais: não aguentaria a longa viagem.
Luna não melhorou, a família acompanhou-a até ao último minuto. O dinheiro angariado para tratar a criança servirá para ajudar outros menores. É a forma de os pais homenagearem a memória de Luna.
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