Gerente da Padaria Portuguesa envolvido em polémica
Nuno Carvalho falou sobre a descida da Taxa Social Única.
Nuno Carvalho, um dos proprietários da cadeia A Padaria Portuguesa, deu esta quarta-feira uma entrevista à SIC Notícias, a propósito do debate no Parlamento em torno da descida da TSU, medida que acabou por ser chumbada.
Mas o CEO destas pastelarias decidiu não responder a este tema uma vez que esta medida acabaria por não trazer benefícios para a Padaria Portuguesa.
O empresário disse durante a entrevista que o mais importante seria a criação de "medidas estruturais e não temporárias", nomeadamente a "flexibilização da contratação, do despedimento, do horário extra de trabalho".
Esta tomada de posição de Nuno Carvalho incendiou as redes sociais e não faltaram críticas a estas palavras.
O jornalista Daniel Oliveira recorreu à sua página no Facebook para criticar estas declarações.
"Não me espanta que quem baseie o seu negócio nos salários baixos considere que a grande prioridade dos portugueses não é o aumento do salário mínimo (que só interessa aos políticos, claro), mas a liberalização dos despedimentos, o fim dos limites legais ao horário de trabalho e uma redução considerável do pagamento de horas extra, não penalizando as empresas que contratam menos trabalhadores do que aqueles que necessitam para funcionar", afirmou.
O deputado partilhou um texto do site Precarios.net com o título‘10 provas que a Padaria Portuguesa tem patrões do séc.XIX’.
"Isto de ter de pagar à criadagem é uma maçada... nós queremos ter lucro para partilhar com os nossos 'colaboradores', num acordo tácito em que o 'colaborador' estende a mão e nós decidimos", escreveu José Soeiro.
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