Governo lamenta decisão do Reino Unido de manter Portugal fora dos corredores aéreos

Ministro dos Negócios Estrangeiros afirma que Governo vai aguardar que decisão das autoridades britânicas "evolua".

24 de julho de 2020 às 14:01
Augusto Santos Silva Foto: Lusa
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O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, lamentou esta sexta-feira a decisão das autoridades britânicas de manterem Portugal fora da lista dos corredores aéreos.

Augusto Santos Silva respondia a questões dos jornalistas no parlamento, após o debate sobre o estado da nação.

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"O Governo, naturalmente, lamenta a decisão, que não está fundamentada nos factos e nos dados que são conhecidos e públicos e aguardará que as autoridades britânicas evoluam", afirmou.

O chefe da diplomacia portuguesa adiantou que cumpriu o combinado com o homólogo britânico, nomeadamente o respeito de cinco critérios em que a situação epidemiológica portuguesa é "muito positiva": capacidade de testagem, taxa de letalidade, índice de reprodução, capacidade de resposta do sistema de saúde e número de casos por 100 mil habitantes.

"As autoridades britânicas tiveram a cortesia de nos informar ontem [quinta-feira] da decisão, mas não foram capazes de explicar os fundamentos científicos e técnicos da decisão tomada", afirmou.

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Estónia, Letónia, Eslováquia, Eslovénia e as ilhas de St. Vincent, nas Caraíbas, foram acrescentadas esta sexta-feira à lista pelo ministério dos Transportes britânico, na sequência de uma avaliação dos risco de infeção com covid-19.

A partir de dia 28 de julho, as pessoas que viagem destes países para Inglaterra não precisam de cumprir a quarentena de 14 dias exigida, cabendo depois às restantes nações (Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) aplicar a decisão do governo britânico.

O jornal The Times noticiou na quinta-feira que Londres iria ceder à "pressão poderosa" do Governo português, enquanto que o Daily Telegraph adiantou a possibilidade de um levantamento parcial de restrições para certas regiões portuguesas menos afetadas pela pandemia covid-19.

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