Governo quer dar médico de família a mais 450 mil utentes em 2026
Proposta de Orçamento de Estado prevê aumentar em 5% o número de utentes com médico. Governo quer baixar incidência de tuberculose e VIH e aumentar cobertura vacinal contra a gripe.
O Governo quer aumentar em 5% o número de utentes com médico de família atribuído em 2026. Atualmente, há 9150117 portugueses com médico atribuído, o que significa que o Ministério da Saúde prevê reunir condições para que no próximo ano mais 457 mil utentes possam ter médico de família. Esta é uma das metas definidas da proposta de Orçamento do Estado para 2026, na orçamentação por programas, e pretende baixar o número de pessoas que não têm médico - no final de setembro era 1514234, segundo o Registo Nacional do Utente. Outra das medidas previstas em orçamento para o próximo ano é o aumento em 2,5% do número de primeiras consultas médicas hospitalares, e de 1,5% das consultas médicas em cuidados de saúde primários. O Governo pretende ainda aumentar ligeiramente o número de cirurgias: 1 por cento.
A implementação do Plano Nacional de Saúde 2030 é outra das promessas do Executivo de Luís Montenegro. Os objetivos são claros: baixar em um por cento a taxa de incidência de tuberculose e de infeção por VIH, e baixar em um por cento a taxa de mortalidade inferior a 75 anos. A isto junta-se a projeção de subir em 5% os anos de vida saudável a partir dos 65 anos.
No que respeita aos cuidados continuados, uma das áreas com maior sub-orçamentação nos últimos anos, o Governo estima aumentar em 25% o número de lugares na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, com a criação de 3 mil novos lugares. O objetivo é reduzir em 15% o número de utentes a aguardar vaga na RNCCI.
Nos documentos de proposta de Orçamento de Estado, também estão discriminados os objetivos para o próximo ano no que respeita à saúde pública, incluindo as coberturas de vacinação no âmbito do Programa Nacional de Vacinação. Assim, o Governo pretende atingir os 99% de cobertura vacinal do PNV no primeiro ano de vida, ter uma taxa de cobertura de 70% na vacina contra a gripe sazonal na população com 65 ou mais anos, e que todas as 39 Unidades Locais de Saúde tenham implementados e em execução planos de prevenção da Legionella e do Programa Rede Nacional de Vigilância de Vetores. Durante 2026, o Ministério da Saúde pretende ainda aumentar em 10% o número de testes de rastreio de VIH e de tuberculose em populações de risco.
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