Greve dos trabalhadores da recolha do lixo gera caos em Lisboa
Paralisação de dois dias termina hoje, mas os trabalhadores mantêm protesto com greve às horas extras.
O impacto da greve dos trabalhadores da recolha é já visível nas ruas de Lisboa, com dezenas de ecopontos a abarrotar de lixo que se vai espalhando pelas áreas em redor. “É uma situação difícil, como já prevíamos, pois esta altura é de muita produção de resíduos. Estamos no máximo de esforço a tentar recolher, mas estamos obviamente em défice para o lixo que já está acumulado e para o que ainda se vai acumular”, admitiu à Lusa Pedro Moutinho, diretor de higiene urbana.
Os apelos para guardar em casa resíduos de papel e plástico não foram respeitados por muitos moradores. “Houve um conjunto de pessoas que não atendeu aos apelos, o que podemos compreender”, referiu o diretor. A adesão à greve em Lisboa rondou os 80% no primeiro turno, segundo Carlos Fernandes, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL). “Saíram os carros decretados para os serviços mínimos”, garantiu o dirigente. Na região Norte, a greve dos trabalhadores da Resinorte teve impacto reduzido, devido aos serviços mínimos, admitiu o STAL. “Em termos de lixo acumulado junto aos ecopontos, que é normalmente a face mais imediata, a greve não está a ter impactos significativos, por causa da decisão do tribunal arbitral”, referiu Joaquim Sousa. Em Oeiras, o STAL apontou uma adesão de 66% no turno noturno: “Saíram cinco carros sem equipas completas.” Já a autarquia fala numa adesão de 14% dos profissionais afetos à recolha. Paralisação de dois dias termina hoje. Trabalhadores mantêm greve às horas extras até dia 1.
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