INEM registou pedido de médica
Transferência denunciada como irregular foi pedida por clínica do Hospital de Cascais. Presidente do INEM nega favorecimento.
O pedido de transferência, a 25 de janeiro, para uma doente que estava há dois dias na enfermaria do Hospital de Cascais – e que foi transferida para o Hospital de Abrantes – foi acordado com um médico do CODU e uma médica daquela unidade de saúde.
Paulo Campos, presidente do INEM, falou telefonicamente com o médico do CODU, tendo concordado com a saída do helicóptero do INEM por considerar que a doente beneficiava com o internamento em Abrantes. Campos garante não conhecer a família da doente (que acabou por falecer) e que a sua intervenção foi pedida por outra médica que pretendia uma segunda opinião clínica. Paulo Campos é especialista de cuidados intensivos e aconselhou a transferência.
O caso, anteontem tornado público pela SIC, pode resultar em diversas queixas-crime. O Hospital de Cascais garante ter aberto um inquérito e disse em comunicado que o pedido de transferência não foi feito pela unidade. Paulo Campos pode também avançar com uma queixa por difamação, já que os registos telefónicos do INEM provam que a médica falou com o CODU, com o qual acordou a transferência.
A polémica à volta da decisão de utilizar um heli está também documentada no facto de a doente, de 67 anos, não ter sido considerada como "terminal". Estava em tratamento e não tinham sido decididos cuidados de fim de vida (com ventilação não invasiva), segundo a médica que a acompanhava em Cascais.
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