Cerca de 700 profissionais participam esta quinta-feira, em Faro, no primeiro de dois dias do IV Congresso de Investigação Criminal que irá debater a prevenção e o combate ao cibercrime e os desafios que este tipo de criminalidade coloca no século XXI.
Em declarações à agência Lusa, Carlos Garcia, presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC/PJ), organizadora do congresso, referiu que a escolha desta temática para o encontro prende-se com a importância crescente deste crime, que é "potenciador de outros crimes" como, por exemplo, a fraude e a burla.
A utilização cada vez mais frequente do cibercrime como arma ao serviço das organizações terroristas é outro dos motivos que, segundo o presidente da ASFIC, tornam o tema atual e vital para os investigadores criminais.
Para o congresso, foram convidados especialistas do FBI e outros da Alemanha, Espanha e Aústria, estando ainda prevista a presença da magistrada de carreira Helena Fazenda, atual secretária-geral do Sistema de Segurança Interna.
Portugal tem cerca de 1300 investigadores, sendo que os associados da ASFIC representam cerca de 95 por cento desse universo.
Carlos Garcia: "Poucos investigadores contra o cibercrime" Correio da Manhã – Quais os desafios para a investigação criminal no que toca ao combate ao cibercrime?
Carlos Garcia – São vários os desafios, a começar pelo facto de esse crime facilitar outros tão ou mais graves. Depois temos a massificação das redes. Em qualquer lugar há redes wireless de onde podem ser praticados crimes.
O que mudou nos últimos anos? Os criminosos estão mais evoluídos tecnologicamente?
A Polícia Judiciária tem meios suficientes e adequados para a luta contra o crime informático?
O recente reforço de meios humanos na PJ veio colmatar a falta de recursos?
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt