José anima funerais em Valverde
Animador de funerais não cobra pelo serviço que presta.
Foi há um ano que José Rosa Alves, de 63 anos, foi convidado para tocar concertina no funeral de um amigo. A reação das pessoas deixou-o tão sensibilizado que começou a fazer disso uma atividade mais regular. Agora, José, residente em Valverde, junto a Porto de Mós, é convidado para fazer a animação de muitos funerais na zona.
"Um funeral não tem de ser uma cerimónia silenciosa. É até mais bonito se a despedida for feita a cantar", defende José Alves. A sua ‘cerimónia’ acontece no cemitério, logo após o último adeus religioso e antes de a urna descer à terra. De gorro preto na cabeça, com um bombo na mão, canta as letras que cria para cada um dos que partem. As quadras que nascem das suas mãos são de homenagem aos defuntos e, muitas vezes, alusivas ao trabalho fora de Portugal, uma vez que muitos são emigrantes.
Ex-agricultor e reformado devido a doença, José Alves desenvolve esta atividade para ocupar o tempo. Não cobra por este seu serviço. "O que as famílias me quiserem oferecer no final, nem que seja o agradecimento, é suficiente", revela.
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