Lâmpadas baratas saem do mercado
Proibição de venda na União Europeia em vigor no sábado.
A partir de sábado, as lâmpadas incandescentes de halogéneo vão deixar de ser comercializadas em toda a União Europeia (UE). O objetivo da medida é promover uma iluminação mais amiga do ambiente, reduzindo as emissões de carbono.
Segundo o simulador 'Ecocasa', a substituição de pelo menos sete lâmpadas incandescentes por fluorescentes, em casa, pode gerar uma poupança anual de 93,19 euros. Um valor que poderá aumentar caso os portugueses optem por lâmpadas LED.
As lâmpadas incandescentes de halogéneo são as menos eficientes do mercado, mas são também as mais baratas, sendo possível adquirir uma por apenas um euro em várias lojas do País. No entanto, para os especialistas, esta é uma "falsa economia". Isto porque a durabilidade deste tipo de lâmpadas é, em média, de dois anos, enquanto a das LED é de 15 a 20 anos. No último estudo da Associação de Defesa do Consumidor, realizado em 2016, ficou provado que usar 11 lâmpadas LED num T1 permite poupar 207 euros, em 20 anos.
Em Portugal, a eliminação progressiva do halogéneo evitará mais de 15 milhões de toneladas de emissões de carbono por ano, o equivalente ao consumo anual de eletricidade no nosso país. A alteração das lâmpadas disponíveis no mercado começou em 2009. Há dois anos, a UE proibiu a fabricação e importação das incandescentes.
Quercus quer aposta nas lâmpadas LED para redução das emissões de carbono
Para a associação ambientalista Quercus, "este é um marco histórico porque a população vai ter lâmpadas que consomem menos energia, pagando menos na fatura. São boas notícias para a população, ambiente e até para o País", disse ao CM João Branco. Segundo o presidente da Quercus, as lâmpadas LED são a melhor aposta porque "duram mais tempo e não gastam tanta energia", tendo assim um baixo impacto no que diz respeito à emissão de gases com efeito de estufa, como é o caso do dióxido de carbono.
Medida cria divisão no Parlamento Europeu
A retirada das lâmpadas incandescentes do mercado criou uma divisão de opiniões no Parlamento Europeu. Segundo declarações de Jonathan Bullock, porta-voz de energia de um partido político britânico (UKIP), "os consumidores mais pobres vão sofrer financeiramente".
22,4% das casas têm lâmpadas de halogéneo
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, as lâmpadas incandescentes de halogéneo são utilizadas em 22,4% dos lares portugueses. Em cada alojamento, são utilizadas aproximadamente 7 lâmpadas - gastando 10 vezes mais energia do que as LED.
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