Lisboa recebe mais 63 câmaras para reforço de videovigilância na cidade
Orçamento Municipal prevê aumento de verbas em mais de 10,2 milhões de euros. Presidente da ASPP considera o reforço “curtíssimo”.
O Orçamento Municipal (OM) da Câmara de Lisboa prevê um aumento de verbas na ordem dos 56,9% para a área da “Segurança e Proteção Civil”, que representa mais de 10,2 milhões de euros, avança o Diário de Notícias.
Para Paulo Santos, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), mais importante do que saber o montante em termos de investimento é perceber o que é executado com esse valor. Em entrevista ao Diário de Notícias, refere que “a PSP, em Lisboa, está com necessidades, bem como a Polícia Municipal (PM), muito devido à falta de investimentos que tem havido em termos de recursos humanos”.
A Câmara Municipal de Lisboa apresentou, na passada terça-feira, um documento onde não esclarece que verbas se aplicam ao quê, no entanto, no que diz respeito à videoproteção, orçamentaram um reforço de 1,4 milhões de euros destinado à aquisição de 63 câmaras para reforçar a videovigilância na cidade, confirma o Diário de Notícias.
O dirigente da ASPP considera que “não se devem secundarizar os agentes no terreno, deve ser sempre um complemento. É importante sim, mas não resolve a carência de efetivos. Não queremos que a videoproteção sirva para substituir o efetivo, mas sim para complementar a presença humana”.
A principal questão do presidente da ASPP mantém-se: “Quem decide que meios e que tipo de meios vão para o terreno? (...) 63 câmaras parece muita coisa, mas numa cidade da dimensão de Lisboa isso equivale a duas ou três numa das principais artérias”, comenta em entrevista ao Diário de Notícias.
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