Mãe acusa médica de negligência

Bebé nasceu às 24 semanas e está em risco de vida.

13 de março de 2015 às 13:54
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Uma jovem mãe de 18 anos acusa de negligência uma médica que prestava serviço na urgência do Hospital de Beja. O filho, que nasceu prematuramente, às 24 semanas, teve de ser reanimado depois do parto e está em risco de vida nos cuidados intensivos neonatais na Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa. A queixa contra a médica foi formalizada no Livro de Reclamações do hospital.

"Estive em risco de vida e o meu filho também. A médica podia ter-me dado uma injeção para retardar o trabalho de parto mas não o fez", contou ao CM Ana Landim, junto à MAC, em Lisboa. Para estar perto do filho, Brian, a jovem passa os dias na capital junto ao namorado e pai da criança, João Laurindo.

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Ana conta que deu entrada na urgência pela 01h00 do dia 28 de fevereiro deste ano. À data, a jovem estava grávida de 24 semanas e 6 dias. Queixava-se de dores abdominais e hemorragia. Depois de uma ecografia, Ana foi mandada para casa. "A médica disse-me para tomar dois Ben-u-Ron [paracetamol] e colocar uma cinta na barriga. Fiz isso, mas de manhã, pelas 10h41, voltei à urgência porque continuava com dores e perda de sangue", referiu a jovem. O parto foi feito porque "já se via a cabeça" da criança, que nasceu com o cordão umbilical enrolado à volta do pescoço. O bebé foi reanimado e sofreu "hemorragias cerebrais".

Ao CM, Margarida da Silveira, administradora do Hospital de Beja, afirmou que, após a triagem, "não foi registada hemorragia, nem havia sinais de parto, pelo que não foi dada terapêutica nem indicação para internamento". "A placenta foi retirada sem membranas fragmentadas", referiu.

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