Risco de amputação devido a negligência

O filho de Mariana Martins, uma idosa de 84 anos, acusa o Hospital de Santa Luzia, em Elvas, de negligência grosseira. Em causa está uma hemorragia grave no braço direito da mulher, originada por uma punção arterial (gasometria), depois de ter entrado na unidade devido aos problemas respiratórios de que padece.

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"Nos quatro dias em que esteve no hospital de Elvas, o braço esteve sempre a piorar e a única explicação foi de que se tratava de uma infeção, para a qual lhe administraram antibiótico. Só quando exigi explicações da médica e comecei a escrever a reclamação é que a minha mãe foi encaminhada para o hospital de Portalegre, onde o cirurgião confirmou que não era uma infeção mas uma hemorragia muito grave, provocada pela gasometria", disse ao CM Eduardo Durão, filho da paciente, que se encontra internada nos Cuidados Intensivos de Portalegre.

"A questão respiratória está controlada. O problema agora tem sido a cicatrização dos cortes necessários para retirar todo o sangue que saiu da artéria e ficou infiltrado nos tecidos. A situação é mais estável, mas a minha mãe ficou muito mais debilitada. O caso deve ser agora encaminhado para a cirurgia plástica, mas ainda não há certezas de nada e pode até perder o braço", acrescenta o mesmo familiar, que reclamou por escrito e deu conhecimento ao gabinete do ministro da Saúde.

"Por parte do hospital de Elvas, ainda não recebi qualquer contacto. Do Ministério, encaminharam a reclamação de volta à administração do hospital", relata Eduardo Durão, de 61 anos, residente em Campo Maior, onde reside também a mãe, num lar de terceira idade.

O CM contactou a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, que administra o hospital de Elvas, a qual remeteu esclarecimentos sobre este caso para o dia de hoje.