Mais de dois mil passageiros recusam fazer teste à Covid-19 no aeroporto de Lisboa
Inspetora do SEF explicou que os passageiros que se recusam a realizar o teste no aeroporto têm 48 horas para o fazer.
Mais de dois mil passageiros recusaram-se a realizar o teste de diagnóstico à covid-19 à chegada ao aeroporto de Lisboa, revelou esta quarta-feira o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, entidade que fiscaliza a apresentação dos testes.
No 'webinar' "A pandemia da covid-19 e a segurança interna", organizado pela PSP, a subdiretora da direção de fronteiras de Lisboa do SEF, Maria José Ribeiro, avançou que este serviço de segurança controlou, até 30 de setembro, cerca de 86 mil passageiros, 6 479 dos quais não eram portadores do teste de diagnóstico à chegada e 2 159 recusaram-se a realizar o teste no aeroporto.
Desde 15 de julho que os passageiros de voos com origem em países considerados de risco epidemiológico são obrigados a apresentar, no momento da chegada, um comprovativo de realização de teste para despiste da infeção por SARS-CoV-2 com resultado negativo, realizado nas 72 horas anteriores ao momento do embarque.
O SEF é a entidade que nos aeroportos fiscaliza a apresentação do comprovativo da realização do teste.
A inspetora deste de serviço de segurança explicou que os passageiros que se recusam a realizar o teste no aeroporto têm 48 horas para o fazer e não podem ausentar-se do domicílio enquanto não for conhecido o resultado.
"São notificados para realizar o teste no prazo de 48 horas, sendo essa comunicação efetuada às autoridades da área de residência", frisou.
As companhias aéreas que transportem passageiros sem o comprovativo do teste de diagnóstico à covid-19 podem ser multadas, sendo o cumprimento destas obrigações fiscalizadas pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e cinquenta e um mil mortos e mais de 35,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.040 pessoas dos 81.256 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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