Mais de 1.500 pescadores sem ir ao mar há dois dias
Comunidade admite consequências nos rendimentos.
O mau tempo está esta terça-feira a obrigar 1.500 pescadores de sete das nove ilhas dos Açores a continuar em terra pelo segundo dia consecutivo, situação que, a manter-se, terá consequências nos rendimentos, disse o presidente da Federação das Pescas.
"Vamos continuar a aguardar melhorias nas condições do tempo para que os pescadores voltem a exercer a sua atividade. Neste momento, as previsões ainda carecem de alguma atenção especial e, enquanto assim for, obviamente que não irão sair para o mar e estamos a prever [que a situação se mantenha] durante mais cerca de dois dias", afirmou à Lusa o presidente da Federação das Pescas dos Açores, Gualberto Rita, acrescentando que "estão em terra nas ilhas dos grupos central e oriental 300 embarcações".
Adiantando que a comunidade piscatória das ilhas de São Miguel e Santa Maria (grupo oriental) e Terceira, Graciosa, São Jorge, Faial e Pico (grupo central) aguarda pelas condições meteorológicas "dos próximos dias", Gualberto Rita considerou ser "prematuro estar a contabilizar as consequências" em termos financeiros para os pescadores.
As ilhas dos grupos oriental e central estiveram na segunda-feira sob aviso vermelho, o mais grave numa escala de quatro, devido a condições atmosféricas adversas.
O mau tempo provocou um morto e a Proteção Civil regional contabilizou 157 incidentes, tendo as operações de socorro envolvido 440 operacionais e 109 viaturas.
Escolas, tribunais e serviços municipais fecharam e mais de 1.600 passageiros ficaram em terra devido ao cancelamento de dezenas de voos.
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