218 doam órgãos em oito meses
Maior número de dadores de órgãos dos últimos cinco anos.
Foram apresentados esta sexta-feira, na Fundação Gulbenkian, em Lisboa os dados de transplantação de órgãos em Portugal.
Entre janeiro e agosto Portugal teve 218 dadores de órgãos (mais 14 que no mesmo período de 2014). Nos primeiros oito meses do ano foram realizados 521 transplantes. Nos últimos quatro anos registou-se o maior aumento em transplantes hepáticos e cardíacos.
Os órgãos mais transplantados são rins, pâncreas, fígado, pulmões, coração e intestino delgado, (sendo que estes quatro últimos são realizados quando o órgão já não permite o funcionamento do doente vivo).
Mais de 70 mil pessoas na Europa estão em lista de espera para transplantação. Devido à escassez de órgãos, 12 destes doentes morrem diariamente. Segundo Fernando Macário, presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação, "o transplante de rim é o mais procurado em Portugal." "Estão 1970 doentes em lista de espera."
Um dador pode salvar até oito vidas. Hélder Trindade, presidente do Conselho Diretivo do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, explicou que "a transplantação não vive dias fáceis, cada vez mais temos de recorrer aos dadores falecidos, porque os dadores vivos são sujeitos a muitos exames." "O processo da transplantação é muito demorado e envolve muita investigação. No entanto, a doação de um dador vivo traz mais benefícios para o doente."
Os principais objetivos do Comité Europeu para a Transplantação de Órgãos em Portugal são "aumentar a oportunidade de transplantes e diminuir as listas de espera", disse Ana França, coordenador nacional de transplantação.
Este sábado, às 12 horas nos Restauradores decorrem actividades com o objetivo de sensibilizar todos os cidadãos para a doação e transplantação de órgãos, tecidos e células.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt