Condeixa-a-Nova com prejuízos de quatro milhões de euros devido à passagem do furacão Leslie

Mais de metade do montante (cerca de dois milhões e 570 mil euros) relaciona-se com os estragos ocorridos em empresas de diversos setores de atividade.

17 de outubro de 2018 às 15:00
Coimbra e Pombal mais afetados Foto: Ricardo Almeida
Estádios de Coimbra sofrem estragos pela passagem do Leslie Foto: Facebook
Estádios de Coimbra sofrem estragos pela passagem do Leslie Foto: Facebook
Estádios de Coimbra sofrem estragos pela passagem do Leslie Foto: Facebook
Leslie provoca pânico e deixa rasto de destruição em Coimbra Foto: Lusa
Força do furacão Leslie em Coimbra Foto: Inês Isabel Martins Lopes
Força do furacão Leslie em Coimbra Foto: Inês Isabel Martins Lopes
Leslie provoca pânico e deixa rasto de destruição em Coimbra Foto: Lusa
Leslie provoca pânico e deixa rasto de destruição em Coimbra Foto: Lusa
Leslie provoca pânico e deixa rasto de destruição em Coimbra Foto: Lusa

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Os prejuízos provocados pela tempestade Leslie no concelho de Condeixa-a-Nova, no distrito de Coimbra, ascendem a cerca de quatro milhões de euros, disse esta quarta-feira à agência Lusa o presidente da Câmara, Nuno Moita.

De acordo com estimativas provisórias da autarquia, mais de metade daquele montante (cerca de dois milhões e 570 mil euros) relaciona-se com os estragos ocorridos em empresas de diversos setores de atividade, excluindo o setor agrícola, cujos danos, designadamente em estufas, representam cerca de 400 mil euros.

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As infraestruturas e equipamentos municipais sofreram prejuízos avaliados em perto de um milhão de euros, cerca de 600 mil euros dos quais dizem respeito às piscinas municipais, cuja reparação deverá demorar quatro/cinco meses, admitiu Nuno Moita, adiantando que, para tornar o processo menos moroso, a obra será adjudicada por ajuste direto.

Os prejuízos provocados pelo temporal em habitações e outras edificações estão calculados em cerca de 150 mil euros, disse ainda o presidente da Câmara, recordando que cinco famílias ficaram desalojadas (entretanto realojadas pela Câmara) e prevendo que possam regressar às suas casas dentro de pouco tempo, "talvez cerca de 15 dias".

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Estes valores referem-se apenas a "prejuízos diretos", sublinha o autarca, referindo que há empresas do concelho, designadamente de cerâmica, que tiveram de reduzir ou mesmo interromper a laboração.

As piscinas municipais (frequentadas por cerca de duas mil pessoas por mês) são geridas por uma empresa privada e os seus cerca de 30 funcionários ficam sem trabalho enquanto o complexo não voltar a funcionar, exemplifica o autarca.

Os estragos provocados no concelho de Condeixa-a-Nova ocorreram em "apenas minutos", que foi o espaço de tempo em que a tempestade Leslie ali se manifestou, refere Nuno Moita, para sublinhar a sua violência.

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Naquele período caíram mais de três centenas de árvores e registaram-se cerca de 60 interrupções de estrada, acrescenta o autarca, destacando a "atuação excecional" dos Bombeiros Voluntários da vila.

"Este tipo de fenómenos vai ser, tudo indica, cada vez mais frequente", prevê Nuno Moita, defendendo ser necessário uma adaptação e uma preparação "para eles".

Condeixa-a-Nova foi um dos seis concelhos do distrito de Coimbra que acionaram o Plano de Emergência Municipal, na sequência da tempestade, que se fez sentir com maior intensidade neste distrito, segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil.

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A passagem do furacão Leslie por Portugal, onde chegou como tempestade tropical, provocou 28 feridos ligeiros e 61 desalojados, 57 dos quais no distrito de Coimbra.

Durante uma visita, na terça-feira, a alguns dos locais atingidos pelo temporal no concelho de Condeixa-a-Nova, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, assegurou que vão existir os recursos necessários para apoiar as populações e as autarquias afetadas pela tempestade Leslie.

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