Medicamento para a hipertensão contém químicos que provocam cancro
O fármaco poderá conter N-nitrosodietilamina que provoca cancro.
As farmácias do Reino Unido estão a aconselhar os pacientes a pararem de tomar o medicamentos que contenham Valsartan, já que a popular medicação prescrita para pacientes com hipertensão pode colocar a vida em risco. O fármaco poderá estar contaminado com os químicos N-nitrosodietilamina e N-nitrosodimetilamina, que poderão provocar cancro, segundo a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde. Não existem evidências até ao momento de que a impureza no Valsartan tenha causado algum dano aos pacientes e nem todos os produtos poderão estar afetados.Segundo indicação da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde, as pessoas não devem parar a medicação repentinamente e devem falar com um médico ou farmacêutico se tiverem alguma preocupação."Devido ao risco associado à interrupção repentina da medicação para a hipertensão, aconselhamos as pessoas a não interromperem qualquer tratamento sem consultar o seu médico ou farmacêutico", lê-se numa nota publicada pelo site do Governo britânico.
Os fármacos estão a ser retirados do mercado em toda a Europa, já que os especialistas temem que as impurezas encontradas no medicamento possam ser cancerígenos.
O primeiro alerta foi dado após ter sido identificado o químico N-nitrosodimetilamina n
uma substância ativa de Valsartan produzida numa instalação localizada na China. Uma segunda impureza, a N-nitrosodietilamina
, foi descoberta mais tarde.
Em julho de 2018, a Infarmed já tinha alertado para a recolha de lotes de medicamentos quem contêm Valsartan, também comercializado em Portugal.
"Na sequência da deteção de uma impureza na substância ativa valsartan, produzida pelo fabricante Zhejiang Huahai Pharmaceuticals, o Infarmed, conjuntamente com a Agência Europeia do Medicamento (EMA) e as autoridades congéneres dos demais Estados-membros, determina a suspensão imediata da comercialização dos lotes de medicamentos descritos em anexo", lê-se no site da Infarmed.
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