Medicamentos com sibutramina retirados do mercado
A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) suspendeu a venda dos medicamentos com sibutramina, após ficar demonstrado o aumento de riscos cardiovasculares graves para os doentes e depois de a Comissão Europeia ter tomado a mesma decisão.
A deliberação nacional, segundo a agência Lusa, produz efeitos a partir da data da sua notificação aos titulares de Autorização de Introdução no Mercado (AIM) de medicamentos com sibutramina.
A decisão de Bruxelas foi proferida após a Alemanha ter feito uma avaliação dos dados de farmacovigilância destes medicamentos.
Como base para o final da comercialização estão as conclusões científicas do parecer do Comité Científico de Medicamento de Uso Humano da Agência Europeia do Medicamento (EMA).
O estudo "Sibutramine Cardiovascular OUTcomes (SCOUT)" demonstrou um maior risco de eventos cardiovasculares graves em pacientes já com esses problemas tratados com a substância activa.
Também se refere que, uma vez que indivíduos obesos apresentam maior probabilidade de doença cárdiovascular, os riscos identificados no SCOUT são considerados relevantes para o uso clínico destes medicamentos.
"Os problemas de segurança cardiovascular não são suficientemente contrabalançados pelos efeitos benéficos, já que, em média, a perda ponderal conseguida com o medicamento é modesta, podendo não ser mantida após a cessação do tratamento", lê-se nas conclusões.
Actualmente não se pode identificar uma população de doentes tratados com medicamentos com sibutramina em que haja uma relação benefício/risco claramente positiva, acrescenta-se.
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