Médicos burlam em 5 milhões
Dois médicos, um farmacêutico e um delegado de informação detidos terça-feira pela Unidade de Combate à Corrupção da Judiciária, no âmbito da operação ‘Remédio Santo’, vão ser hoje presentes ao juiz Carlos Alexandre. São suspeitos de uma fraude contra o Serviço Nacional de Saúde (SNS), em três anos, entre os quatro e os cinco milhões de euros.<br/><br/>
Ao que o CM apurou, os dois médicos estão indiciados por terem prescrito receitas falsas, que seriam depois aviadas, entre outras, nas três farmácias que o farmacêutico possuía em Castelo Branco e na Covilhã. O SNS pagou as comparticipações altas dos medicamentos, entre os 69 e os 90%, que eram depois vendidos no estrangeiro, nomeadamente em Angola. De entre os medicamentos receitados constavam o injectável Aclasta, para prevenir a osteoporose, que custa 344 €, e os antipsicóticos Seroquel (107 €) e Risperdal (36 €), indicados para tratar depressão e esquizofrenia.
Em Junho, recorde-se, dois outros médicos foram detidos no âmbito desta operação.
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