Médicos do Garcia de Orta afinal não recuaram na demissão
Nas próximas semanas serão integrados mais 3 ou 4 especialistas e 6 enfermeiros.
Os sete chefes de equipa do serviço de urgência do Hospital Garcia de Orta, em Almada, mantêm o pedido de demissão que enviaram ontem à administração da unidade de saúde.
Ao contrário do que foi dado a entender esta tarde, pelo presidente do conselho de administração, os clínicos mantêm a intenção de se demitirem, mas não abandonam os cargos com vista a contribuírem para a restruturação e reorganização do serviço de urgência anunciado esta terça-feira pela administração do hospital, após uma reunião com os sete médicos que esta segunda-feira apresentaram a demissão, devido à falta de condições de trabalho e ao excesso de doentes internados na unidade de saúde.
Durante o dia de hoje, os médicos em articulação com a administração, decidiram um conjunto de medidas de modo a acalmar o serviço de urgências.
O presidente do Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta anunciou esta terça-feira o reforço da capacidade de internamento do serviço de urgências, em mais 16 camas e a contratação de três ou quatro médicos especialistas. Estas medidas, a par de outras como a articulação com os Centros de Saúde de Almada e do Seixal, foram fundamentais para que os sete chefes do serviço de urgências retirassem o pedido de demissão que tinham apresentado segunda-feira à administração do hospital.
Segundo Daniel Ferro, que falava em conferência de imprensa, nas últimas semanas a urgência do Hospital Garcia de Orta, Almada, teve mais de uma centena de internamentos do que era habitual no mesmo período, em anos anteriores, situação que terá contribuído decisivamente para a sobrelotação nas urgências daquela unidade hospitalar.
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